segunda-feira, 2

de

junho

de

2025

ACESSE NO 

Triste fim do PSDB de Canoinhas

Últimas Notícias

- Ads -
Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Partido definhou depois de um período de glórias

PSDB

COLUNA DE DOMINGO Não é só no cenário nacional que o PSDB definha. Aqui em Canoinhas, o partido que já viveu períodos de glória, com dois ou três vereadores eleitos, hoje vive de um pequeno grupo que ainda se encoraja em tocar o ninho tucano na cidade.

Tradicionalmente, o PSDB de Canoinhas era o reduto dos Pereira, desde os lendários Acássio (primeiro deputado federal de Canoinhas) e seu filho, Francisco Pereira, até a esposa de Chico, Norma Pereira. Todos ocuparam cargos políticos de destaque ancorados no PSDB.

Nos anos 2000, houve uma disputa acirrada dentro do partido, com Edmilson Verka dando uma volta nos Pereira e assumindo o comando do partido quando ocupava uma vaga na Câmara. Os Pereira, que pagavam muitas contas do diretório do partido, ainda insistiram na sigla, mas no decorrer dos últimos anos, o desgaste acumulado com a derrota de Aécio Neves na disputa pela Presidência em 2014 e seu mau desempenho no Estado fizeram o partido murchar em todo o País. Viúva, Norma decidiu deixar o partido e concorrer a deputada federal pelo Podemos em 2022. Juliana Maciel Hoppe (PL), eleita prefeito no ninho tucano, praticamente apagou as luzes ao assinar ficha no PL. Adilson Steidel, único vereador do partido na gestão passada, também deixou a sigla e, aliás, não alcançou a reeleição ao ingressar no PL.

O desgaste do partido é visível no cenário nacional. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, deixou o partido e ingressou no PSD com pretensões presidenciais (segundo a coluna Radar da revista Veja, isso não passa de jogo de cena, ele vai mesmo disputar uma vaga no Senado. Ainda segundo a revista, a vaga no PSD é de Ratinho Junior, atual governador do Paraná).

Para se ter uma ideia da derrocada do PSDB, em 2002 o partido tinha sete governadores, hoje tem um, Eduardo Riedel (MS), que está de malas prontas para outra sigla.

Em 2008, chegou a 791 prefeitos, número ampliado para 806 em 2016. Desde então, ladeira abaixo, chegando a 276 em 2024. Das capitais, nenhum é prefeito tucano.

Nas últimas eleições municipais o PSDB formou federação com o Cidadania porque não seria capaz de fechar legenda. Agora, os tucanos conversam com o Podemos visando fusão. É o triste fim de um partido que pode virar qualquer coisa, menos o idealista de centro-direita que fez, em um momento raro da história política do país, os brasileiros se sentirem orgulhosos do país. Lembram do governo Fernando Henrique Cardoso?