Cilomar Santos aguarda decisão judicial detido no Presídio de Canoinhas
Cilomar Santos, 29 anos, suspeito de tentar matar a ex-esposa Jayne Thalia Julinski, 26 anos, no dia 22 de junho, no mercado Alfa, local no qual a moça trabalha, no centro da cidade de Bela Vista do Toldo, recorreu da decisão do juiz da comarca, dr Eduardo Veiga Vidal, de enviá-lo para tribunal de júri popular indiciado por feminicídio. O recurso foi apresentado ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) no mês passado e negado nesta semana. A defesa pedia que Cilomar fosse julgado por lesão grave ou tipificação do gênero, o que o livraria do júri popular.
Ainda cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, o advogado de Cilomar, Alisson Camargo, disse que ainda não decidiu se vai recorrer. O prazo termina na próxima semana. Se vencer o prazo e o recurso não subir para o STJ, o processo retorna para a Vara Criminal da comarca e está apto para que o juiz agende a data do júri popular.
O CRIME
Vídeo das câmeras de segurança do mercado onde o crime aconteceu mostram que Cilomar chegou no mercado e foi até o escritório, onde Thalia trabalha no setor de cobranças, e pediu a ela para pagar uma conta. Quando ela se sentou e começou a digitar no computador, ele tampou a boca da ex e passou a faca no pescoço dela. Thalia conseguiu usar as mãos para afastar os braços dele. Foi quando ele deu pelo menos outras quatro facadas nas costas da moça.
O gerente do mercado testemunhou a cena e uma estudante, cliente do mercado, ajudou a estancar a hemorragia até a chegada do socorro usando uma blusa. Rapidamente, Cilomar fugiu, usando o carro emprestado do irmão. O carro foi encontrado na casa do irmão de Cilomar no dia seguinte. O irmão não sabia dizer onde ele estava.
Cilomar se apresentou com seu advogado na Delegacia de Bela Vista do Toldo, sete dias depois do crime. Como havia mandado de prisão preventiva expedido contra ele, foi imediatamente encaminhado para o Presídio Regional de Canoinhas, onde desde então aguarda uma decisão da Justiça.
Thalia passou 16 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Cruz (HSCC). Passou por duas cirurgias e teve uma difícil recuperação, ao ponto de o médico que a tratou, considerá-la um milagre.