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maio

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2025

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Acusados de matar homem pelas costas vão a julgamento em União da Vitória

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“Defesa dos acusados sustenta que a ação se deu em legítima defesa”

Depois de quatro anos, um dos casos de grande repercussão do Vale do Iguaçu terá seu desfecho. Acontece nesta quarta-feira, 28, o julgamento do caso Joélcio Silva, morto com um tiro em frente ao Condomínio Treviso, no bairro Rocio, em União da Vitória, em janeiro de 2021. Três homens acusados de cometer o crime vão a julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de União da Vitória, que deverá contar com um forte esquema de segurança, com reforço policial acentuado.

O crime ocorreu em frente ao condomínio Treviso, por volta das 23h50, do dia 9 de janeiro daquele ano. Joélcio levou um tiro nas costas, foi socorrido, mas morreu ao dar entrada no hospital. Após os fatos, o caso gerou ampla comoção e atenção na região, onde familiares da vítima passaram a clamar por justiça, enquanto a defesa dos acusados alegou legítima defesa.

Ainda em 2021, a mãe de Joélcio Silva concedeu entrevista para o Canal 4 TV, no programa Conta pra Mari, onde falou sobre a vida de seu filho, afirmando que o mesmo nunca andou armado e pedindo justiça pelo episódio que tirou a vida do homem de 35 anos. Conforme a mãe, ele era pai de nove filhos.



Veja a entrevista:

Momento em que a Defesa afirma que Joélcio estava ameaçando os acusados e o ex-marido de sua namorada na época


O QUE DIZ A DEFESA

A reportagem do Canal 4 TV recebeu uma nota da defesa dos acusados, na qual o advogado Felippe Laurentino narra a versão da defesa sobre o caso, onde afirma que a vítima teria cumprido pena por condenação ao tráfico de drogas em Santa Catarina e era apontado por ter mantido relações com uma facção criminosa. No dia do crime, a defesa alega que a vítima procurou deliberadamente os acusados, em especial, o ex-marido de sua então companheira e teria iniciado uma briga que culminou em sua morte. Conforme a defesa, a vítima teria investido contra um dos acusados aplicando um golpe de estrangulamento conhecido como “mata-leão”, impedindo-o de se levantar após este ter caído ao solo quando corria para escapar de agressões. Foi neste momento que outro acusado efetuou um disparo, alegando defender o amigo.

Nesta imagem, a defesa diz que Joélcio e mais dois amigos, em dois carros, estavam procurando os acusados no posto de combustíveis. Eles já haviam saído. A partir daí, iniciou-se uma caçada

Ainda de acordo com a defesa, desde o crime os familiares dos acusados passaram a ser alvo de uma série de ameaças. A situação se intensificou recentemente: em abril e, mais gravemente, no último dia 7 de maio, um Golf preto foi visto passando em frente à casa de familiares de um dos acusados, realizando manobras perigosas (arrancadas bruscas e cavalos-de-pau) e aparentes ameaças veladas, inclusive contra as mulheres da família.

Neste momento a defesa explica que Joélcio (vítima) o qual estava de camisa preta, está estrangulando um dos acusados com um golpe mata-leão

O julgamento desta quarta-feira deve ser movimentado e a expectativa é de que a sessão se estenda ao longo de todo o dia, com a presença de diversas testemunhas e autoridades, além do aparato de segurança reforçado.


Veja a nota na íntegra:

Na próxima quarta-feira, dia 28 de maio, três pessoas serão levadas a julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de União da Vitória, acusadas de envolvimento na morte de Joélcio Francisco Silva, em um episódio que ocorreu em janeiro de 2021.

Joélcio, que já havia cumprido pena por condenação relacionada ao tráfico de drogas no Estado de Santa Catarina, era apontado por ter mantido relações com uma facção criminosa atuante naquele estado. Segundo informações dos autos e relatos colhidos durante as investigações, no dia do crime, Joélcio procurou deliberadamente os acusados, que estavam em um posto de combustíveis, e passou a provocá-los, em especial o ex-marido de sua então companheira. Ele chegou a tentar sair do veículo para agredir os rapazes.

Os indivíduos foram embora do posto, e a vítima retornou com dois amigos, em dois veículos, tendo sido filmado no posto de gasolina procurando os envolvidos.

Em seguida, Joélcio e dois amigos, encontraram novamente dois dos acusados tendo Joélcio espancado um deles, e ameaçado ambos. Um deles fugiu de carro e o outro teve que se esconder em uma casa de populares. Pouco depois, houve novo encontro de Joélcio com os acusados, em frente ao Condomínio Treviso em União da Vitória, momento em que Joélcio investiu contra um deles, aplicando um golpe de estrangulamento conhecido como “mata-leão”, impedindo-o de se levantar após este ter caído ao solo quando corria para escapar de agressões.

Diante da situação extrema, o amigo da vítima, que sofria o estrangulamento e temendo pela vida do companheiro, interveio e efetuou um único disparo contra Joélcio, atingindo-o e cessando a agressão.

A defesa dos acusados sustenta que a ação se deu em legítima defesa, para conter a injusta agressão e salvar a vida do amigo que estava sendo violentamente estrangulado.

Importante destacar que, conforme apurado, os acusados não possuem qualquer vínculo com facções criminosas, diferentemente da vítima, que segundo diversas testemunhas e elementos nos autos, mantinha vínculos e relações com uma organização criminosa de Santa Catarina.

Desde o crime, os familiares dos acusados passaram a ser alvo de uma série de ameaças por parte de criminosos. A situação se intensificou recentemente: em abril e, mais gravemente, no último dia 7 de maio, um Golf preto foi visto passando em frente à residência de familiares de um dos acusados, realizando manobras perigosas (arrancadas bruscas e cavalos-de-pau) e aparentes ameaças veladas, inclusive contra as mulheres da família.

Em razão dessas ameaças, o julgamento contará com um forte esquema de segurança, com reforço policial acentuado para garantir a integridade física dos acusados e seus familiares, bem como a tranquilidade da realização do júri.

O caso gerou ampla comoção e atenção na região, não apenas pelo episódio, mas também pelos aspectos que envolvem legítima defesa, histórico criminal da vítima e a atuação de uma organização criminosa catarinense que busca vingança.

A expectativa é que a sessão se estenda ao longo de todo o dia, com a presença de diversas testemunhas e autoridades, além do aparato de segurança reforçado.




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