É o segundo ano seguido que Três Barras atinge o grau de Excelência na gestão financeira
Três Barras é o município do Planalto Norte melhor avaliado pelo índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que avalia a gestão financeira das prefeituras. O município atingiu a pontuação máxima em três dos quatro indicadores.
É o segundo ano seguido que Três Barras atinge o grau de Excelência na gestão financeira. Antes disso, de 2016 a 2018, a classificação foi de Boa Gestão. Os indicadores chamam a atenção, uma vez que desde 2014 o município atinge Excelência em autonomia financeira. Isso representa total capacidade de suprir os gastos de toda a estrutura administrativa da Prefeitura e da Câmara de Vereadores apenas com recursos captados na esfera local.
Já nos gastos com pessoal, que a Firjan recomenda que não exijam mais de 50% da receita municipal, Três Barras esteve em dificuldade em 2013 e 2015, passando para Excelência de 2016 até 2020, exceto em 2018, quando teve queda para Boa Gestão.
Os números do Índice Firjan também indicam que a liquidez dos recursos (dinheiro em caixa para pagar contas no ano seguinte) apresenta bons resultados desde 2017. Porém, os dados de 2015 e 2016 não foram publicados. Em 2019, o município atingiu pela primeira vez a Excelência nesse quesito, mas voltou para a Boa Gestão em 2020. O JMais procurou o prefeito Luiz Shimoguiri (PSD) para saber qual o plano da gestão para recuperar a Excelência na Liquidez, porém não houve retorno.
Já com relação aos recursos destinados a novos investimentos, Três Barras alterna anos de Excelência com outros de Dificuldade ou de nível Crítico. Exemplo disso é que em 2013 atingiu a Excelência, mas passou dificuldades nos dois anos seguintes. Em 2016 retomou o patamar mais alto, mas caiu para situação crítica e de dificuldade nos anos de 2017 a 2019. Em 2020 voltou a figurar em Excelência na aplicação de recursos em novos investimentos.
Major Vieira alcança Boa Gestão pelo quarto ano seguido
Se em 2015 e 2016 Major Vieira esteve em dificuldades econômicas na gestão, de 2017 para cá o município tem atingido sucessivos resultados de Boa Gestão no Índice Firjan. Em toda a série histórica (2013-2020), foi classificado com Boa Gestão no indicador de autonomia e nos dois últimos anos atingiu Excelência na liquidez do orçamento.
Porém, nos Gastos com Pessoal, Major Vieira não tem bom retrospecto. Apenas em 2017, quando atingiu Excelência, e em 2020, com Boa Gestão não esteve em condição Crítica na série histórica. Crítica também era a condição dos investimentos em 2016 e 2017, mas a situação melhorou ao atingir a Boa Gestão em 2018, com Excelência em 2019 e novamente Boa Gestão em 2020, ano da prisão do prefeito Orildo Severgnini (MDB) na operação Et Pater Filium.
Bela Vista do Toldo enfrenta dificuldades na gestão financeira
Não é de hoje que Bela Vista do Toldo enfrenta dificuldades na gestão dos recursos. De 2013 a 2020 apenas em dois anos (2014 e 2017) teve Boa Gestão, com o restante a oscilar entre situação Crítica e de Dificuldade.
É fato que em 2013, 2014 e 2017 o município teve Excelência nos investimentos. Porém esteve em condição Crítica em 2015 e 2019. No relatório atual aparece com Boa Gestão nos investimentos, gasto com pessoal e na liquidez, mas com nenhum dos indicadores com retrospecto de destaque positivo.
É no indicador de autonomia que se apresenta o pior desempenho das gestões que estiveram à frente da Prefeitura desde 2013. Apenas em 2016 foi considerada Boa Gestão. Nos demais anos oscilou entre condição de Dificuldade e Crítica. E é Crítica a situação relatada na mais recente publicação da Firjan, o que indica que o município não consegue bancar sua estrutura administrativa com os próprios recursos.
Não à toa o prefeito reeleito Adelmo Alberti (PSL) foi preso em julho deste ano na quarta fase da Operação Et Pater Filium.
