Será Zanin o apoiador do petismo dentro do STF?
Na última semana houve inúmeros assuntos que geraram discussões pertinentes na sociedade brasileira e que, principalmente, colocaram ainda mais lenha na fogueira da política nacional. Alguns deles mostraram algumas rusgas que futuramente podem gerar problemas sérios para o governo.
Porém, um dos destaques com maior repercussão foi a escolha de Cristiano Zanin para o cargo de novo ministro do Supremo Tribuna Federal (STF). O advogado é amigo próximo do presidente Lula e realizou a sua defesa, enquanto este estava preso em Curitiba, durante as investigações da Lava Jato.
Os questionamentos sobre a escolha de Zanin para o cargo ficaram, principalmente, por parte da oposição, na questão de que o futuro ministro é amigo próximo do presidente.
Uma coisa precisa ficar clara, o currículo do magistrado é um grande exemplo para aqueles que desejam ingressar no caminho para num futuro assumir uma cadeira dentro do Poder Judiciário. Se observarmos pelo ponto de vista profissional, ele é a pessoa certa para ocupar o espaço.
A questão que fica nesse momento, é o precedente aberto por Lula, em relação a indicação de alguém tão próximo a ele, para um cargo que requer tamanha isenção político partidário. Nisso Lula dá espaço para que a oposição o ataque com uma situação, que no atual momento, não havia necessidade.
Porém, é necessário fazer algumas comparações, não tão idênticas, mas que são importantes. Com a movimentação, Lula acaba por se equiparar com a indicação de Sérgio Moro, realizada por Bolsonaro para o cargo de ministro da Justiça.
O ex-presidente nomeou aquele que o beneficiou de certa forma, para um dos principais cargos dentro do seu então governo. Lula, acabou por nomear aquele que foi o principal antagonista de Moro nas investigações da Lava Jato, para um cargo muito tão importante quanto aquele que um dia foi ocupado pelo ex-juiz.
Porém, Bolsonaro teve um ponto que o fez se sobressair sobre a atual situação. As duas escolhas do ex-presidente para o STF, mostram-se até o momento como principais aliados do bolsonarismo dentro da justiça brasileira.
Por isso é preciso colocar as duas situações de igual para igual. As escolhas de Bolsonaro e de Lula mostram que a política brasileira continua a ser a mesma que a gente sempre conheceu. E se observarmos o horizonte, infelizmente ela não parece ter mudanças tão profundas se aproximando.
Neste momento, resta a toda a população brasileira observar como serão os possíveis 23 anos de Zanin enquanto ministro do Supremo Tribunal Federal. E aguardar a próxima indicação que caberá a Lula resolver, afinal, em setembro, a ministra Rosa Weber se aposentará, cabendo ao presidente escolher quem a sucederá. Os nomes que já começam a pipocar entre os interlocutores, se assim seguirem deverão trazer ainda mais lenha para a fogueira.
Será Zanin o apoiador do petismo dentro do STF? Só o tempo irá dizer.
