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Tiros na escola: professora vê bala passar diante de seus olhos em Bela Vista do Toldo

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Ela chegou a pedir demissão porque, segundo ela, superiores não tomaram providência

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Uma ex-professora do Núcleo Escolar Municipal Juliana Tomporoski Krull, na localidade de Serra do Lucindo, interior de Bela Vista do Toldo, registrou boletim de ocorrência após uma bala perdida ter quase a atingido no momento em que estava em atividade com alunos da escola em área externa. A situação aconteceu por volta das 15h da quinta-feira, 25. De acordo com informações da própria ex-professora que presenciou o fato, eventos como esse já aconteceram outras vezes.

O relato da mulher descrito no boletim de ocorrência aponta que, no momento em que ela e uma estagiária da escola estavam realizando atividades ao ar livre com crianças menores de 10 anos, ouviram dois disparos. A princípio, ambas pensaram que poderia se tratar de alguém na região realizando abate de animais, como porcos, por exemplo. O terceiro disparo, no entanto, resultou em uma bala aparentemente perdida que passou entre as duas e que, segundo a descrição da ex-professora, foi como se uma linha de anzol tivesse passado por elas.

Cientes de que se tratava mesmo de um tiro, elas correram para dentro da escola, recolhendo todas as crianças.

Logo após o ocorrido, a mulher informou o diretor da unidade de ensino, Adelson Knop, sobre a situação. Ele teria afirmado que comunicaria o relato à Polícia Militar. Ela seguiu trabalhando normalmente e voltou à escola no dia seguinte, no entanto, com medo de que o evento pudesse se repetir, ainda mais pelo fato de, segundo ela, o diretor não ter se mobilizado para denunciar a situação às autoridades.

No domingo, 28, depois de falar com o diretor e com a secretária de Educação, Maria Cristina Schiessl Gelinski, sem que qualquer dos dois tomasse alguma providência, a professora pediu para ser desligada de suas funções, segundo ela, pelo intenso medo que vinha sentindo e a sensação de desproteção, devido ao fato do diretor da escola e da própria secretaria de Educação de Bela Vista do Toldo não terem comunicado a situação da bala perdida às autoridades e sequer terem registrado boletim de ocorrência.

Pais de alunos da instituição foram informados sobre o ocorrido pela própria professora que pediu desligamento. De acordo com o que ela informou à reportagem do JMais, o diretor da escola comunicou, posteriormente, aos pais das crianças, que conversou com o dono de uma propriedade que fica próxima à escola de onde, supostamente, os disparos teriam vindo.

O diretor teria alegado que, durante a conversa, o homem confirmou que os disparos foram em sua propriedade, mas foram efetuados por uma “visita” que lá estava e que situações como aquela não iriam se repetir. Embora, de acordo com a mulher que denunciou o caso às autoridades, já não fosse a primeira vez.

No ano passado, um professor também ouviu tiros vindo da propriedade em direção ao local onde os alunos praticam educação física. Ele comunicou a situação a direção da escola (era outra direção) e, também, nada foi feito.

Adelson Knop, o diretor da escola, foi procurado pela reportagem do JMais, mas até o fechamento desta publicação, não havia respondido o pedido de entrevista. A estagiária que estava presente no momento dos disparos também foi procurada pela reportagem. Ela confirmou que a situação aconteceu e se dispôs a dar mais detalhes, mas até o fechamento desta publicação, não voltou a se manifestar.

A secretária de Educação de Bela Vista do Toldo, Maria Cristina Gelinski, também foi procurada pela reportagem do JMais. Ela atendeu ao primeiro telefonema e alegou estar ocupada, pedindo que fosse contatada novamente num outro momento. Horas depois, ela não atendeu mais as ligações. Na manhã desta sexta ela respondeu por WhatsApp que “estamos resolvendo a questão com a polícia civil, assim que eu retornar eu respondo vocês”, o que não aconteceu.



LOCAL INCOMUM

O único homicídio sem solução da comarca de Canoinhas no ano passado ocorreu justamente por tiro e próximo da escola. A Polícia Militar de Bela Vista do Toldo encontrou Osmir José Beje (foto), 38 anos, morto ao lado de sua motocicleta com placas de Mafra.

O homem apresentava três perfurações de arma de fogo pelo tórax e estava caído próximo a um barranco na beira da estrada.

Na moto, foi encontrada a carteira com os documentos e uma sacola com um litro de bebida alcoólica. Osmir era morador da Serra do Lucindo e respondia por acusação de tentativa de homicídio.

Segundo testemunhas, Osmir estava em um bar, até por volta das 20h30min, uma hora antes de o corpo ser encontrado. Ele estaria embriagado e, ao sair, levou pelo menos 10 minutos para tentar fazer a motocicleta funcionar.

Osmir conseguiu sair do local empurrando provavelmente a moto, ainda de acordo com testemunhas.

Policiais militares fizeram rondas pelo local, mas não encontraram nenhum suspeito do assassinato. Até hoje o caso segue em aberto como inconcluso.


INVESTIGAÇÃO

A partir da denúncia feita pela professora, a Polícia Civil prometeu tomar providências, mas especificou quais medidas devem ser tomadas. À professora, no dia da denúncia, a Polícia prometeu fazer uma ronda no local onde ocorreu o episódio.

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