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Templo de umbanda e candomblé é invadido, furtado e depredado em Canoinhas

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Foram levados ferramentas, botijão de gás e até mesmo alimentos do local

Um templo de religiões de matriz africana, umbanda e candomblé, foi invadido, furtado e depredado durante o final de semana, no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas. O dirigente do Ilê Axé Ogum Xoroquê – Tenda de Umbanda Cavaleiros de Oxóssi, Luiz Muraro, conhecido como Luiz de Ogum dentro da religião, afirma que em 18 anos de funcionamento no mesmo local, esta é a primeira vez que o terreiro passa por uma situação como essa.

Segundo Muraro, a situação foi descoberta na manhã desta segunda-feira, 9, quando uma das frequentadoras do terreiro, que mora em frente ao local, foi ao templo religioso e constatou sinais de arrombamento. Do lado de dentro, foram encontrados armários revirados e objetos de cunho religioso depredados.

Uma das portas do templo religioso foi arrombada pelos criminosos

“Nós estamos fazendo algumas obras de reforma na casa, e notamos que foram furtadas ferramentas, além de materiais de construção, assim como panelas grandes da cozinha e até o botijão de gás foi levado”, destacou Muraro, sobre a ação criminosa.

Em determinadas áreas do terreiro há espaços chamados de “assentamentos”, onde são cultuados os orixás (divindades nas religiões de matriz africana). Segundo o dirigente da casa, vários assentamentos foram remexidos e objetos presentes nos locais foram jogados ao chão. Certos assentamentos possuem também moedas, como “oferendas” às entidades ou divindades; os criminosos levaram todas as moedas que haviam nestes espaços.

Armários foram remexidos e objetos furtados

O terreiro tem cerca de 60 frequentadores assíduos, os chamados “filhos”, e possui também Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, sendo reconhecido legalmente como uma associação, com diretoria e outros cargos.

Outros templos de matriz africana de Canoinhas se solidarizaram com a situação e buscam respostas sobre o crime. Um boletim de ocorrência foi registrado pelo dirigente da casa assim que foram constatados o arrombamento e os sinais de furto e depredação. “Agora nós vamos ter que nos proteger o máximo possível, com instalação de alarme, muro alto e grades, porque existe sim intolerância em Canoinhas, e muita”, finalizou Luiz de Ogum.