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São Mateus do Sul tem 7 casos suspeitos de leptospirose; Antônio Olinto 4 suspeitos

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Todos os casos tiveram contato com a água, segundo o setor de Epidemiologia

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A reportagem da RDX apurou nesta sexta-feira, 10, com a Vigilância Epidemiológica de São Mateus do Sul como está os casos suspeitos de leptospirose após as enchentes registradas no município. Segundo informações do setor de saúde, a cidade está com sete pacientes com suspeita de leptospirose. O município também possui um caso descartado para a doença.

De acordo com Vanessa Santos Andrade Hancz, enfermeira responsável pelo setor de Epidemiologia, todos os casos tiveram contato com água da enchente, o que leva o indício de suspeita. Todos aguardam o resultado do exame do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen).

“A equipe da Vigilância em Saúde faz as investigações e orientações necessárias”, reforça.

Já Antônio Olinto, está com quatro casos suspeitos e possui três exames que descartaram a confirmação de leptospirose. Em São João do Triunfo, não há suspeitas.

Ainda há a confirmação de dois casos na regional, um em União da Vitória e outro em Paulo Frontin.


O QUE É A DOENÇA

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que resulta da exposição direta ou indireta a urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre através da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas, além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.


QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Os principais da fase precoce são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos

Podem ocorrer diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente inicia-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa – icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.


QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES?

  • Insuficiência renal aguda – não oligúrica e hipocalêmica
  • Insuficiência renal oligúrica por azotemia pré-renal
  • Necrose tubular aguda
  • Miocardite – acompanhada ou não de choque e arritmias por distúrbios eletrolíticos
  • Pancreatite
  • Anemia
  • Distúrbios neurológicos (confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea)

Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.

A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na fase precoce, são utilizados doxiciclina ou amoxicilina; para a fase tardia, penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.

As medidas terapêuticas de suporte devem ser iniciadas precocemente para evitar complicações, principalmente as renais, e óbito.

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