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Ruptura fala muito sobre nossos tempos

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Série da Apple TV+ é a mais original até o momento

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Os traumas de uma vida trágica ou simplesmente sem graça afetam o trabalho? No mundo de Ruptura, nova série da Apple TV+, sim. Mark (Adam Scott) quase morreu ao perder a esposa. A melancolia tomou conta e ele viu em um experimento a grande chance de superar esse trauma. Ruptura é um inovador procedimento proposto pela Lumen, empresa onde se faz sabe-se lá o que na qual Mark trabalha. Na sua “vida real”, ele também não sabe o que faz lá. Isso porque, ao passar pela ruptura, todos os dias, ao entrar no elevador da empresa ele deixa a vida externa para trás literalmente. Um chip implantado em sua cabeça o faz esquecer o que existe para fora das paredes da firma.

Premissa, no mínimo, interessante, não?

Pois, a partir dessa ideia, o surpreendentemente genial Ben Stiller (sim, aquele de Uma Noite no Museu) cria a mais original série a surgir até o momento neste ano. Dada a ensandecida profusão de novas histórias, esse é um baita elogio.

Mark convive com outros dois colegas aparentemente há anos e surge uma novata para ele treinar já que seu superior sumiu misteriosamente. Quando esse superior o procura no mundo externo, o cérebro de Mark começa a lhe pregar peças e mostrar que a “experiência saudável” não é o que ele imagina exatamente.

Ruptura inova não só no roteiro genial, mas também na direção de arte, no conceito vintage que grita a todo momento que algo está errado e, principalmente, nas relações pessoais. Parece que eles estão em um experimento (isso não fica claro, até porque a segunda temporada já está confirmada) que testa até onde o ser humano, inerentemente sociável, consegue ser impessoal. A incerteza se é esse o dilema proposto por Ruptura é o que vai te instigar a torcer para ver a segunda temporada logo.

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