8 de setembro de 2021
Em discursos diante de milhares de apoiadores em Brasília e em São Paulo, ontem, Jair Bolsonaro ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não cumprirá decisões do ministro Alexandre de Moraes, que chamou de “canalha”, voltou a atacar as urnas eletrônicas e afirmou que só deixará a Presidência morto. “Ou o chefe desse Poder (Judiciário) enquadra o seu (ministro) ou esse Poder vai sofrer aquilo que não queremos”, disse. Ele pregou que “presos políticos sejam postos em liberdade”, em referência às detenções de bolsonaristas determinadas por Moraes. As declarações foram consideradas “graves e eleitoreiras” pela Corte, e o presidente, Luiz Fux, fará pronunciamento a respeito hoje. Como reflexo da radicalização de Bolsonaro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEMMG), cancelou todas as reuniões da semana. Em outra frente, PSDB, PSD, Solidariedade e MDB iniciam discussões em torno de um pedido de impeachment do presidente. Também ontem, houve manifestações da oposição em diversas cidades.
Folha de S.Paulo
O Estado de S.Paulo
O Globo
