A má formação congênita é uma das principais causas de cirurgias pediátricas. Veja quais anomalias devem passar por operação
Quando o assunto é saúde das crianças, todo cuidado é pouco. Os pequenos requerem cuidado e atenção redobrados, afinal, em muitos casos, a má formação congênita dos pequenos durante a gravidez é a principal causa de cirurgias.
Felizmente, com o avanço da medicina, as anomalias podem ser resolvidas com uma simples cirurgia. Saiba mais sobre o assunto e possíveis tratamentos.
Má formação congênita: principal causa das cirurgias pediátricas
Mesmo com um pré-natal impecável, pode acontecer de as crianças apresentarem anomalias que não foram identificadas no pré-natal.
Uma das causas mais comuns de cirurgias pediátricas é justamente a má-formação congênita, que pode ser ou não identificada nos primeiros meses de gestação. Essa condição se refere a tudo que possa afetar o desenvolvimento ou a formação dos órgãos do bebê, como anomalias craniofaciais, por exemplo.
Fissuras labiopalatinas
A cada 650 bebês nascidos, um apresenta fissuras labiopalatinas. Embora possa parecer uma doença rara, é a anomalia de face mais comum.
A fissura labiopalatina é caracterizada pela abertura no lábio superior e/ou uma abertura no céu da boca (palato). As consequências dessa anomalia vão além da aparência, uma vez que podem afetar a fala, a alimentação e a respiração do bebê.
O tratamento é feito por cirurgias de reconstrução e dura 18 anos. Ou seja, mesmo com o sucesso da operação, o pequeno ainda terá que passar por cuidados médicos com fonoaudiólogo, cirurgião plástico e otorrinolaringologista ao longo de sua juventude.
2 – Síndrome Saethre-Chotzen
A síndrome Saethre-Chotzen é uma cranioestenose sindrômica causada por um gene TWIST, localizado no cromossomo 10. A principal característica da síndrome é o fechamento prematuro das estruturas fibrosas que unem os ossos do crânio.
As estruturas fibrosas são responsáveis por garantir um crescimento adequado do crânio. Quando o fechamento é precoce, resulta em deformidades cranianas. Neste caso, a cirurgia também é indicada.
3 – Hérnia umbilical
A hérnia umbilical se refere a um crescimento na região do umbigo, causado pela passagem de tecido do abdômen, como gordura, parte do intestino ou fluido, através de um ponto fraco na parede muscular. É comum em bebês, mas pode acometer os adultos também. A hérnia umbilical em crianças é de tratamento conservador até um ano de idade e, caso não haja resolução no primeiro ano, é indicado a cirurgia.
Se a hérnia persistir ou causar sintomas, a cirurgia é a solução para a melhora. Embora o termo cirurgia possa levantar pânico, é um procedimento simples, feito com anestesia local.
As cirurgias pediátricas são intervenções que exigem preparo, por isso, são marcadas antecipadamente. Esse tempo que antecede o procedimento é muito importante para que os familiares esclareçam suas dúvidas e se preciso, recebam suporte psicológico.