Prefeita tem a chance de contornar falta de apoio político
COLUNA DE DOMINGO A oficialização do convite do PL para que a prefeita Juliana Maciel, hoje no PSDB, ingresse nas hostes liberais, é uma oportunidade de ouro para a prefeita contornar o isolamento político. Esse isolamento ficou claro na festa de 112 anos do Município na terça-feira, 12. Juliana estava cercada de cinco dos dez vereadores – destes, só pode contar de fato com Adilson Steidel (PSDB).
Uma presença ilustre, contudo, é uma prova do quanto ela tem a ganhar se ingressar no PL. O presidente interino da Assembleia Legislativa, deputado canoinhense Maurício Eskudlark, trocou o PSD pelo PL em uma atitude acertada que deve inspirar Juliana.
O PL não só é o partido do governador Jorginho Mello como, a despeito da mancha deixada por Renato Pike (expulso pela executiva do PL, ressalte-se), tem nomes fortes da política local como Gil Baiano, Zenici Dreher e Cel Mario Erzinger. São pessoas que pegam junto em uma campanha e não se incomodam com quanta sola de sapato precisam gastar para eleger um aliado.
Do outro lado, o que Juliana tem? O PSDB já foi muito forte em Canoinhas nos idos tempos em que os Pereira (saudoso Francisco Vital, seu pai, Acácio, e sua esposa, Norma; e até mesmo Edmilson Verka) estavam no comando, mas hoje é uma sombra do que foi um dia. Não há militância e prova disso esteve no dia 12, quando Juliana mal conseguiu arrancar uns aplausos tímidos da plateia, mesmo usando seu maior trunfo: as críticas abertas a roubalheira promovida por Beto Passos enquanto prefeito.
Juliana precisa de força política e tem no convite do PL sua tábua de salvação para virar o jogo na disputa pela reeleição. Resta saber se ela reconhece essa oportunidade e não vai deixar esse cavalo encilhado passar.
