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Por que a oposição está em vantagem na Câmara de Canoinhas?

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Semana que passou foi marcada por ofensas

ESCALADA

COLUNA DE DOMINGO Não são novidade os embates entre oposição e situação na Câmara de Vereadores de Canoinhas. Quem acompanhou as rinhas entre Beto Passos e Wilson Pereira sabe bem que as discussões já foram bem quentes, com revide na mesma altura de lado a lado. Pereira, quando presidiu a Câmara, chegou a colocar um cronômetro para limitar o tempo de fala de Passos, um implacável crítico de Leoberto Weinert, defendido por Pereira.

Eleições de mesa diretora, por exemplo, sempre foram motivo de discórdia, como quando Juliano Seleme, se sentindo traído pelos colegas, expôs esquema para retirá-lo da disputa. O mesmo ocorreria com Wilmar Sudoski anos depois.

Portanto, não surpreende a relação tensa entre o bloco governista e os três vereadores de oposição ao governo Juliana Maciel Hoppe (PL). Aliás, é salutar. Câmara de Vereadores com maioria absoluta a favor do governo ou contra é sinônimo de tudo que não presta sob o olhar do povo. Os interesses particulares dos vereadores prevalecem.

Como escreveu Tolstoi, “todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” Ouso adaptar para a realidade das Câmaras de Vereadores: “todas as Câmaras 100% governistas ou oposicionistas são iguais, as mistas são turbulentas a sua maneira”.

Esta legislatura é diferente porque começa com o registro de um bloco governista de seis vereadores que rapidamente se desmanchou. Se ainda existe é bom os vereadores que o compõem avisarem. O esmorecimento diante dos três opositores é de dar dó. Não há articulação, argumento nem contraponto. Marcos Homer (PL) engoliu em seco ser chamado de mentiroso, Jocimar Jubanski (PP) se embananou todo ao instar Kátia Oliskowski sobre um questionamento constrangedor para uma ex-secretária de Saúde (Que tipo de Caps Canoinhas tem?) e Ivan Krauss (PP) tenta rebater palavras chulas com diplomacia. Os demais não abrem a boca. É evidente que esse esmorecimento dos opositores tem dado palco para os opositores sambarem na cara dos seis.

A culpa pelo fato de os vereadores governistas estarem perdidos é da própria Juliana, que não mantém diálogo constante com seus aliados, deixando-os à deriva quando a oposição, muito mais articulada, os constrange com algum questionamento sobre o governo. Juliana precisa municiá-los de informações e chamá-los para tomadas de decisão, mas ao que tudo indica, na sua visão governistas são funcionários do Executivo, o que já fez com que ela perdesse Gil Baiano (PL). A tendência é perder mais.

Kátia chamar Homer de mentiroso pode ser configurado como quebra de decoro, mas Homer deixou pra lá. Césão do Táxi (MDB) diz o que quer e não ouve nada. Ao mostrar a foto da filha em tratamento, reclamou da falta de brinquedos na sala de fisioterapia. Ora, espanta nenhum vereador explicar o óbvio: fisioterapia exige equipamentos de fisioterapia, não brinquedos.

Veterana, Tatiane Carvalho (MDB) tece críticas mais fundamentadas e polidas, mas não orienta os colegas sobre o limite entre a crítica e a ofensa.

Nessa miscelânea toda, se não houver orientação mais clara sobre onde o governo quer chegar e de que forma por parte de Juliana aos seus aliados, a oposição vai continuar aproveitando essa brecha para, com razão, estocar o governo. Vale a lição: Como nos mostra a biologia, o sapo só se dá conta da água fervendo quando já está morrendo.

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