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maio

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2025

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Polícias Civil e Militar de Santa Catarina têm menos de 10% de integrantes negros

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Situação levou a uma recomendação do Tribunal de Contas

QUESTÃO RACIAL

O Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) divulgou um levantamento inédito que mostra a insuficiência de ações destinadas à promoção da igualdade racial nas principais áreas da Administração Pública estadual. Tal constatação ficou evidenciada pela baixa representatividade de negros nos quadros de servidores públicos do Estado; pela deficiência na coleta de dados sobre cor e raça dos servidores; e ausência de ações afirmativas para ingresso de negros em algumas instituições.

Para se ter uma ideia, o efetivo de agentes negros em toda a Polícia Civil catarinense chega a apenas 7% do total. Na Polícia Militar, vai a 9%. Na Polícia Científica esse percentual é ainda menor, de 5%. Mesma parcela dos negros no Judiciário catarinense.

Chama mais a atenção, contudo, que somente 2% da composição da Assembleia Legislativa é de negros, ou melhor, apenas um negro está hoje como deputado estadual de Santa Catarina. O mais alarmante é que isso não é de hoje. Em 2018, o único deputado registrado como negro era, na verdade, um pardo. Trata-se de Júlio Garcia (PSD), que virou notícia no País todo e refutou afirmando que “houve erro” em seu cadastro como candidato.

Os dados do Tribunal de Contas indicam que os estagiários negros representam 17% do total (5 de 29), e os servidores 6% (30 de 506). Não há representantes negros entre os 10 conselheiros, incluindo os conselheiros substitutos. Porém, a Resolução de 247/2023, assinada pelo presidente Herneus De Nadal e em vigor desde o dia 11 de dezembro de 2023, estabelece a reserva aos pretos e pardos do mínimo de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos do quadro de pessoal do TCE-SC. Além disso, atualmente, 30% das vagas de residentes são destinadas a essa parcela da população.

A auditoria constatou que nenhuma das instituições analisadas apresentou percentual de servidores negros efetivos igual ou superior a 18,10%, que corresponde à proporção dessa população em Santa Catarina. O levantamento apontou ainda que algumas instituições nem sequer possuem políticas de ações afirmativas para ingresso de servidores negros em seus quadros. 






EM ALTA

Prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) apareceu como uma das prefeitas do partido em Santa Catarina em propaganda da sigla veiculada no intervalo do Jornal Nacional, da TV Globo, no sábado, dia 1º. Juliana se tornou queridinha do partido depois do episódio dos “livros no lixo”.





ALTA PATENTE

A celebração pelos 10 anos da Academia de Letras de Canoinhas proporcionou o encontro entre três tenentes coronéis da reserva da Polícia Militar de Santa Catarina, todos hoje ligados a Academia: Francisco do de Assis Vitovski, Mario Renato Erzinger e a convidada do evento, a escritora Edenice Fraga, presidente da Academia de Letras dos Militares de Santa Catarina.





BOICOTE

A organização do Parajasc, em Blumenau, virou uma dor de cabeça para o governo do Estado. Com o cancelamento do atletismo e da bocha, a pressão sobre a Fesporte tem sido intensa. Os árbitros do atletismo alegam que não foram feitos ajustes pedido nos pagamentos. Já a Fesporte diz que o que ocorreu foi um boicote dos profissionais por motivos políticos e pressão por ilegalidade. Os atletas foram até Itajaí, onde os jogos aconteciam, para descobrir que as modalidades tinham sido canceladas. A informação é do colunista da NSC, Anderson Silva.




MAIS BAIXAS

Os secretários estaduais e municipais que vão disputar cadeiras de prefeitos e vice têm até quinta-feira, 6, para deixarem os cargos.






OLHO LÁ

O PP e o Republicanos devem se fundir logo após a eleição municipal. Em Canoinhas isso deve provocar um cenário curioso. O PP firmou parceria com a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL). Já o Republicanos está com Beto Faria (MDB).






R$ 653,70

foi quanto custou para cada brasileiro o Judiciário no ano passado






ABSURDO

O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB-SP) / Iara Morselli/Divulgação Esfera

O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de covid-19. Mas, ele tem chamado a atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo, conforme mostra reportagem da Folha de S.Paulo.

A reportagem mostra gastos de mais de R$ 336 mil com combustíveis —que abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com esse valor seria possível dar 17 voltas na Terra.

Procurado pela Folha, o senador, pasmem, disse que economiza dinheiro público. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.