Vários indícios apontavam para que o veículo tivesse sido adulterado
A Polícia Militar de Porto União foi acionada nesta terça-feira, 13, para atender uma ocorrência de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. A ação foi desencadeada após um alerta do setor de inteligência da corporação, que indicou a possibilidade de um veículo recolhido administrativamente ser, na verdade, um produto de crime.
A equipe policial, acompanhada por agentes da Agência de Inteligência, deslocou-se até o pátio conveniado onde o veículo estava. Durante a inspeção, foram constatadas irregularidades nos sinais de identificação. As etiquetas destrutivas, que garantem a autenticidade do automóvel, estavam ausentes. Além disso, a numeração gravada no bloco do motor apresentava marcas de lixamento, sugerindo que o sinal original havia sido alterado.
Uma análise detalhada revelou ainda que alguns dos caracteres indeléveis gravados nos vidros do veículo apresentavam falhas, divergindo dos padrões estabelecidos pela montadora. O que mais chamou a atenção da equipe foi a verificação do módulo de injeção, que revelou que a informação gravada do chassi pertencia a outro veículo, que contava com registro de roubo datado de 6 de março de 2024, no Estado de São Paulo.
Diante das evidências, a Polícia suspeitou que o veículo em questão fosse um clone, com todos os sinais de identificação do automóvel original fraudados. A suspeita foi reforçada pela presença de placas contendo um código QR code que não pôde ser lido pelo aplicativo da Senantran, o que é um indicativo adicional de adulteração.
Para confirmar a situação, a equipe conseguiu entrar em contato com o legítimo proprietário do veículo, residente na cidade de Ponta Grossa (PR). O proprietário confirmou que seu automóvel se encontrava em sua garagem e que o veículo apreendido era, de fato, um clone.
Diante dos fatos apurados, a equipe policial procedeu com o registro fotográfico do veículo e elaborou o boletim de ocorrência, dando continuidade às investigações.
