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Planalto Norte tem segunda maior taxa de mortalidade feminina por doenças crônicas do Estado

Imagem:Freepik

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Doenças cardiovasculares, respiratórias, cânceres e diabetes são as principais causas

Informações divulgadas neste mês pelo boletim Barriga Verde, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado de Santa Catarina, apontam que a segunda maior Taxa de Mortalidade Prematura (TMP) de mulheres em território catarinense por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é a do Planalto Norte.

Conforme as estatísticas divulgadas pelo boletim, no ano de 2023, houve uma Taxa de Mortalidade Prematura de 293,5 mortes de mulheres para cada 100 mil habitantes na região do Planalto Norte. No mesmo período, a única região de Santa Catarina que tem uma taxa superior à do Planalto Norte é a da Serra Catarinense, com 380,2 mortes de mulheres para cada 100 mil habitantes.

São consideradas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT); doenças cardiovasculares, cânceres (neoplasias), doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus.

A Taxa de Mortalidade Prematura é considerada quando há mortes que ocorrem antes que a expectativa de vida seja alcançada em determinada população.

 

 

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

O Planalto Norte tem a terceira maior Taxa de Mortalidade Prematura do Estado por doenças respiratórias, totalizando 24,2 óbitos registrados a cada 100 mil habitantes no ano de 2023. A maior taxa é da região da Serra Catarinense, com 50,5 mortes prematuras de mulheres a cada 100 mil habitantes no mesmo período.

A doença pulmonar obstrutiva crônica causou a morte prematura de 243 mulheres catarinenses em 2023. Logo na sequência, foram 23 mulheres que morreram prematuramente por enfisemas e 21 mulheres que tiveram mortes prematuras por asma. De acordo com o boletim da Dive, fatores ambientais e ocupacionais podem influenciar esses números de mortes registradas em 2023, especialmente em áreas rurais.

 

 

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Em todo o território catarinense, a maior Taxa de Mortalidade Prematura dentre as mulheres são doenças cardiovasculares. O número de mortes aumentou 27,7% em 10 anos, entre 2013 e 2023, chegando a 6.236 mortes em um ano. O infarto agudo do miocárdio é a principal condição que afetou mulheres vítimas destas patologias.

No que diz respeito às mortes prematuras por doenças cardiovasculares, o Planalto Norte ocupa a 5ª posição com a maior taxa em todo o Estado. Foram 98,9 mortes registradas a cada 100 mil habitantes na região no ano de 2023.

 

CÂNCER EM MULHERES

As chamadas neoplasias, que são os cânceres, são a segunda maior causa de Taxa de Mortalidade Prematura dentre as mulheres catarinenses e a primeira dentre as mulheres na região do Planalto Norte. Somente em 2023, foram 149 mulheres que morreram antes de atingirem a expectativa de vida no Planalto Norte, em uma proporção de 150,3 casos para 100 mil habitantes.

Com relação aos tipos de câncer que mais registraram óbitos de mulheres no Planalto Norte durante o ano de 2023, o câncer de brônquios e pulmões ocupa o primeiro lugar, com 19,3 mortes registradas a cada 100 mil habitantes. Logo na sequência, o câncer de mama, com 14,6 mortes de mulheres a cada 100 mil habitantes na região do Planalto Norte durante o período.

Em Canoinhas, na última semana, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, que atende a mulheres de vários municípios da região, recebeu uma doação de mais de R$ 150 mil da Smurfit Westrock, líder global em embalagens de papel. Assista à reportagem no player abaixo:

 

FATORES E COMPORTAMENTOS DE RISCO

De acordo com a Dive, os comportamentos de risco desempenham um papel crucial no aumento da prevalência das DCNT entre as mulheres. Estilos de vida não saudáveis, como tabagismo, dietas desequilibradas, sedentarismo e consumo de álcool, estão fortemente associados ao desenvolvimento e progressão de condições como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer.

Ainda conforme informações presentes no boletim Barriga Verde, os fatores ambientais também exercem influência significativa sobre o desenvolvimento de DCNT. Dentre eles, a poluição do ar, tanto interna quanto externa, é o mais impactante, sendo responsável por aproximadamente 6,7 milhões de óbitos globais. Desse total, cerca de 5,6 milhões estão diretamente relacionados a DCNT, como acidente vascular cerebral, doença cardíaca isquêmica, doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer de pulmão.