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Pais de alunos contestam mudanças na merenda de escola municipal em Bela Vista do Toldo

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Alunos do contraturno escolar têm de se deslocar de ônibus a outra escola para o almoço e retornar na sequência

Pais de alunos frequentadores do projeto Escola em Tempo Integral, no contraturno escolar, na Escola Municipal José Schimborski, em Bela Vista do Toldo, têm questionado uma recente mudança proposta pela Secretaria de Educação do município no que diz respeito à alimentação dos estudantes.

Nesta semana, um aviso foi enviado aos pais via WhatsApp informando que os alunos participantes do projeto teriam de se deslocar até outra unidade escolar, na localidade de Arroio Fundo, para receberem o almoço, e na sequência retornarem à José Schimborski, mesmo havendo estrutura e equipe para que a refeição fosse servida na mesma unidade.

De acordo com o aviso compartilhado com os pais, a prefeitura de Bela Vista do Toldo cederia transporte para que os alunos fossem levados à unidade escolar no Arroio Fundo para o almoço e retornaria com os estudantes à Escola Municipal José Schimborski, acompanhados de um professor. Ainda assim, pais de alunos têm se mostrado contrários à decisão, uma vez que, segundo eles, se as crianças já estariam na primeira unidade escolar para o turno da manhã, não haveria motivo para se deslocarem à outra escola apenas para o almoço, retornando na sequência.

Em publicação na rede social Facebook, uma das mães expôs o aviso encaminhado aos pais com indignação, alegando inclusive que, ao se mostrar contrária à determinação do Executivo em um grupo de WhatsApp, o grupo foi bloqueado para o envio de mensagens dos pais ou mães dos alunos, impossibilitando a manifestação favorável ou contrária ao aviso enviado. “Se tem tudo ali, ir de ônibus, almoçar em outra escola não faz sentido nenhum, uma coisa completamente sem noção”, enfatizou.

Outras duas mães, que preferiram não se identificar, também foram ouvidas pela reportagem do JMais. Elas também se mostraram contrárias à decisão do Executivo de Bela Vista do Toldo. Uma delas citou inclusive os gastos que a decisão acarreta aos cofres públicos. “Não tem lógica eles saírem da aula regular, entrarem num ônibus, almoçar rápido, para então entrarem no ônibus de volta pra cá”, destacou.



CONFLITO ANTIGO

Atualmente, são aproximadamente 50 alunos da Escola Municipal José Schimborski que recebiam o almoço na unidade escolar e depois permaneciam no local para as atividades no contraturno escolar. A equipe da escola conta com três merendeiras. Uma delas, é Gorete Lauriano, que constantemente se posiciona contrária a decisões do Executivo em vídeos publicados em suas redes sociais.

Em março deste ano, Gorete publicou um vídeo alegando ter sofrido ameaças do prefeito Carlinhos Schiessl (MDB), por ter questionado, também em suas redes sociais, valores de compras do Executivo para o gabinete do prefeito. De acordo com a servidora, teriam sido altos gastos em compras de café para o gabinete, além de um celular com valor superior a R$ 4 mil.

Gorete acredita que a decisão tomada pela Secretaria de Educação no que diz respeito a mudança da unidade escolar onde os alunos recebem o almoço, poderia ter alguma ligação com a sua constante oposição ao prefeito Carlinhos Schiessl e a outras pastas do Executivo de Bela Vista do Toldo.

Duas mães de alunos que frequentam à Escola Municipal José Schimborski, ouvidas pela reportagem do JMais, também acreditam na tese de Gorete Lauriano. “O pior de tudo é saber que só fizeram isso por birra com uma das merendeiras”, destacou uma das mães.



CONTRAPONTO

A reportagem tentou contato com o prefeito de Bela Vista do Toldo, Carlinhos Schiessl, e com a secretária de Educação do município, Ana Maria Lopes Vieira. Os dois foram questionados sobre qual seria a justificativa do Executivo para que os alunos da Escola Municipal José Schimborski tivessem de se deslocar à localidade de Arroio Fundo apenas para o almoço e retornassem na sequência à unidade escolar para as atividades no contraturno.

A resposta da secretária de Educação de Bela Vista do Toldo ao questionamento da reportagem foi apenas “nada a declarar”. Ela ainda foi questionada se esta seria sua resposta definitiva sobre o assunto, mas não respondeu mais ao contato.

Até a finalização desta matéria, o prefeito Carlinhos Schiessl não havia respondido ao questionamento da reportagem. Se houver manifestação posterior, o conteúdo será ajustado de acordo com a resposta do prefeito.