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Os homens de Bolsonaro em Santa Catarina

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Três candidatos ao Governo disputam representar o presidente na eleição deste ano

Prepara o café que a coluna de hoje será sobre um assunto bem caro à Santa Catarina. A relação entre o Estado e Jair Bolsonaro.

Faltando menos de um mês para o primeiro turno das eleições,  a corrida ao cargo de governador do Estado segue ainda bem indefinida segundo a pesquisa divulgada pelo grupo NSC de Comunicação divulgada em 23 de agosto

O top 3 segue com Carlos Moisés (Republicanos), Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP), respectivamente primeiro, segundo e terceiro colocados. Porém, em um segundo bloco de candidatos temos Décio Lima (PT) e Gean Loureiro (União Brasil), candidatos estes que visto um retrospecto da última eleição e considerando a caixa de surpresas que é a política barriga verde, ainda podem subir algumas colocações, mudando assim o que vem sendo observado agora.

Porém, dentro dessa conjuntura alguns pontos começam a se destacar e merecem ser observados mais atentamente. A primeira questão e mais importante é a ligação com o candidato a reeleição ao cargo de presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Santa Catarina, dos 27 Estados brasileiros, é o mais bolsonarista e isso ficou claro no pleito eleitoral de 2018, sendo que para comprová-lo basta olhar a mesma pesquisa realizada pelo IPEC e divulgada pela NSC, na qual Bolsonaro aparece com 50% a mais de votos do que Lula (PT).

Nessa conjuntura na corrida para chefe da Casa D’Agronômica, aparecem pelo menos três candidatos que declaram voto especificamente ao candidato a reeleição: Mello, Amin e Loureiro. E aqui é interessante observar como cada campanha desenha essa ligação entre o candidato a governo do Estado e o a reeleição presidencial.

O primeiro e que por ser do mesmo partido ganha muito mais atenção é Jorginho Mello. O senador possui entre os três candidatos mencionados acima o maior poder de artilharia, isso ocorre pois ele defende literalmente o bolsonarismo raiz, aquele que vem sendo trilhado desde 2018. Com isso ele consegue colar muito mais a imagem de Bolsonaro a sua campanha em toda Santa Catarina e por si deve conseguir uma boa votação no pleito de outubro.

Segundo a pesquisa Ipec, um ponto percentual abaixo de Mello está o ex-governador e senador Esperidião Amin (PP). O candidato não tem um apoio formal de Bolsonaro mesmo que o seu partido, o PP, esteja na base da campanha a reeleição. Com essa situação Amin tenta de todo modo se mostrar o verdadeiro candidato dos ideais bolsonaristas no Estado de Santa Catarina, porém uma situação chama a atenção.

Ao assistir a propaganda eleitoral do dia 7 de setembro, percebeu-se que o ex-governador ao tentar colar a sua imagem a de Bolsonaro acaba passando uma interpretação de alguém que está correndo atrás sedento por uma tentativa que seja de conseguir algo, mesmo que minimamente.

Correndo um pouco por fora temos o ex-prefeito da capital, Florianópolis, Gean Loureiro. Candidato pelo União Brasil, que na disputa pelo Palácio da Alvorada tem Soraya Tronicke como nome de chapa, Loureiro passa longe de ligar a sua candidatura a da senadora matogrossense.  

A única situação que não permite Gean realizar um mesmo trabalho que Amin em relação a unir a sua imagem a de Bolsonaro, é a ação movida pelo PL de Jorginho e acatada pela justiça catarinense. Porque fora desse ponto sabemos que o ex-prefeito da capital é mais um tentando um espaço no berço bolsonarista.

Dentre os três candidatos pode-se perceber que todos irão fazer de tudo para mostrar que caso Bolsonaro seja reeleito, o melhor para o Estado seja o seu nome. Mesmo que para isso a campanha precise atrelar a imagem do concorrente ao PT, como já vem fazendo Jorginho e Amin.

Com a indefinição na corrida pelo cargo de governador que citei no início dessa coluna, e com as tentativas de se ligar cada vez mais ao bolsonarismo, realizada pelos candidatos acima citados, a vida de Carlos Moisés pode se encontrar um pouco mais difícil. Isso ocorre pois estamos falando do Estado que novamente deve ser o maior colégio eleitoral do candidato a  reeleição Jair Bolsonaro.

Para o candidato do Republicanos, um ex-bolsonarista de carteirinha, resta tentar alguns outros meios, como o de mostrar aos catarinenses que o Estado deixou de ganhar milhões em investimento durante os últimos quatro anos. Pode ser que seja difícil de muitos eleitores entender, porém Moisés precisa sair de cima do muro quando o assunto é a relação dos últimos anos com o governo federal.