Justiça Federal trabalha em busca de uma solução para o caso
Na manhã desta terça-feira, 31, um servidor do ICMBio, responsável por monitorar e cuidar da Floresta Nacional de Três Barras (Flona), procurou a Polícia Militar relatando que um grupo de indígenas das etnias Kaingang e Xokleng havia invadido uma área da Flona há oito meses, conforme noticiado pelo JMais. Após acordo anterior, foi delimitada a área que poderiam ocupar e as atividades permitidas no local.
Entretanto, no domingo, 29, os indígenas teriam expandido a ocupação, invadindo uma residência mobiliada do ICMBio, proferindo ameaças contra os funcionários da autarquia, incluindo dizendo que iriam incendiar veículos oficiais.
Inicialmente, o grupo contava com cerca de 20 indígenas. Após a invasão do imóvel em maio, o número subiu para cerca de 40 pessoas e continua aumentando, segundo o servidor. No mês passado houve uma reunião com indígenas e representantes da Justiça Federal para tentar chegar a um acordo. Uma inspeção foi promovida no âmbito da uma ação de reintegração de posse ajuizada pelo ICMBio contra os indígenas, em trâmite na 1ª Vara Federal de Jaraguá do Sul.
O ato foi coordenado pelo juiz Joseano Maciel Cordeiro que, durante a inspeção reuniu-se com os indígenas, representantes do ICMBio, da Funai, do Serviço Florestal brasileiro, da Advocacia Geral da União e do Ministério Público Federal para a busca de uma solução consensual para o conflito. Diante do pedido dos caciques da comunidade Xokleng de tempo para avaliar as alternativas propostas, uma outra audiência virtual de conciliação foi designada ainda para dezembro, mas nada foi resolvido.

O servidor destacou que as ameaças e a invasão foram lideradas por membros da etnia Xokleng, sendo apontado um homem conhecido por coordenar as ações e incitar a desordem.
Além disso, o servidor informou que estava acontecendo uma reunião entre os indígenas na manhã desta terça, 31, o que gerava preocupação de novas desordens.
Como testemunhas dos fatos foram identificados três funcionários do ICMBio. A PM apenas lavrou um boletim de ocorrência.