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O que se sabe da primeira semana de depoimentos da Et Pater Filium Canoinhas?

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Leia um resumo do que aconteceu durante a semana

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Começaram nesta semana os depoimentos da fase Canoinhas da Operação Et Pater Filium. Os depoimentos foram divididos entre o anexo Maus Caminhos, que investiga a relação ilícita entre a empresa Prado & Prado e o extinto governo Beto Passos, e a fase que investiga a compra de dois caminhões por parte de Passos para fraudar e superfaturar licitações com apoio do empresário acusado de ser seu laranja, Josiel Dembinski.

Abaixo, um resumo dessa primeira semana de depoimentos:

Segunda, 29/5: Pai de réu sob pressão

Os primeiros a depor foram integrantes do Gaeco, que relataram em detalhes como se deu a prisão do ex-secretário de Planejamento de Canoinhas, João Linzmeier.

À tarde, o depoimento mais contundente foi do pai do empresário Chrystian Mokva, operador da Prado & Prado em Canoinhas. Sérgio conta que certo dia o filho pediu que ele entregasse um envelope com dinheiro (ele não sabia o valor) e entregou ao então vice-prefeito de Canoinhas, Renato Pike. Houve outras quatro vezes, pelo menos, em que ele entregou propina a Pike e Diogo Seidel, então secretário de Administração de Canoinhas. Sergio diz que não entrava em detalhes com o filho. “Nunca concordei com o que ele fazia. Isso não é boa coisa”, diz o informante afirmando que aconselhava o filho. A promotora cita uma conversa gravada entre Pike e ele, mas Sérgio diz não se recordar da conversa.

O juiz que conduz os depoimentos, dr Eduardo Veiga Vidal, cobra objetividade de Sérgio ao ele não responder se ouviu do filho se ele teria sido ameaçado de morte por Pike. Depois da intervenção do juiz ele responde que não ouviu sobre a suposta ameaça.




Terça, 30/5: Ex-prefeito admite ter recebido oferta da Serrana

Pela manhã depuseram funcionárias do setor de pagamentos da prefeitura de Canoinhas e da Prado & Prado, empresa acusada de manter relações ilícitas com o ex-prefeito Beto Passos e o ex-vice Renato Pike. Um dos sócios do réu Chrystian Mokva na Prado & Prado também foi ouvido.

À tarde, duas funcionárias de Marcos Granemman, réu proprietário da lotérica onde Chrystian sacava por dinheiro vivo, depuseram. Elas confirmaram os saques. Certa vez este valor chegou a R$ 30 mil. Elas disseram ainda que a operação era uma forma de evitar assaltos quando a lotérica estava com muito dinheiro em caixa. Segundo elas, a lotérica já foi alvo de dois assaltos. Elas disseram que Marcos tinha como benefício, ao aceitar entregar dinheiro a Mokva mediante depósito em sua conta porque o empresário era um bom cliente de bolões.

O ex-prefeito de Canoinhas, Beto Faria, depôs. O advogado de Renato Pike questiona se ele conhece Diogo Seidel. Ele diz que Seidel é servidor de carreira. O advogado lembra que Seidel implicou Faria na operação Et Pater Filium afirmando que remete a seu mandato o pagamento de propina a Fretamentos Santa Cruz. Faria diz que houve oferta por parte da Santa Cruz de valores para ajudar na campanha eleitoral, mas ele recusou. Advogado pergunta se houve oferta de ajuda por parte de outra empresa na eleição de 2016, quando Seidel foi seu coordenador de campanha. Faria cita a Serrana Engenharia.




Quarta, 31/5: Seidel garante que propina não era para campanha e Passos chora e culpa Pike por entrar no crime

Diogo Seidel depõe na Et Pater Filium

Diogo Seidel depõe: “O que me faz estar sentado aqui foi ter sido corrupto com certeza, mas o momento em que isso começou foi quando fui vistoriar uma obra do Chrystian Mokva e ele me ofereceu um valor, fiz que não entendi, e logo na sequência me ofereceu novamente determinado valor.” Ele disse que aceitou o dinheiro e que quando tentou sair do esquema recebeu ameaça velada de Renato Pike, que disse ter provas da propina e que, por isso, ele teria de trabalhar para o governo Passos.

 Ele revelou que Chrystian tinha outra empresa laranja: a Cazamusa. Esta informação não consta nos autos que já vieram a público.

Seidel afirma que Beto Passos e Pike viviam se desentendendo. Ele explica como de tornou secretário do governo Passos. Detalha, também, quando recebeu R$ 100 mil de Sérgio Mokva, pai de Chrystian. Em outra oportunidade recebeu mais R$ 100 mil de Chrystian que, inclusive, mandou ele pegar R$ 10 mil do montante. Pike teria ficado bravo. Diogo afirma que Pike cobrava uma dívida de R$ 160 mil de Beto relativa a um Jeep Compass.

Segundo Diogo, Pike chegou a proibir o secretário de Planejamento João Linzmeier de fazer medições, que permitiriam liberar pagamentos a Mokva. O objetivo era forçar Mokva a pagar propina que devia a Pike.

Segundo Diogo, via de regra ele ficava com um pequeno percentual das propinas que recebia em nome de Pike que, por sua vez, dizia que era “dinheiro para o Beto”.

Diogo diz que nunca viu Pike nem Chrystian entregando dinheiro para João Linzmeier. Ele afirma que o dinheiro que ele, Diogo, pegou de propina, sumiu sem que ele conseguisse formar nenhum patrimônio.

Diogo disse que Chrystian pagava propina ao governo municipal antes mesmo de ganhar a licitação. Quanto ao percentual de 8% nos contratos de licitação, o acordo foi feito após a contextualização do esquema.

Diogo Seidel classifica Renato Pike como líder do esquema criminoso. Disse que foi colocado de forma estratégica no cargo e estava à mercê de decisões de Pike, como uma espécie de fantoche.

“No dia da nossa prisão me impressionou muito a prisão do Nei (Sidnei Teles, um dos presos). Um dia ouvi dizer que o Pike ensinou o Nei a escrever o nome. Agora parece que ele ensinou não para coisas lícitas”, afirma Diogo garantindo que Nei tem pouquíssimo patrimônio e que provavelmente não sabia o que estava assinando a mando de Pike.

Diogo fala sobre o posto de combustíveis de Beto. Afirma que o ex-prefeito pediu ajuda dele para conseguir um financiamento para comprar a casa da rua São José. Esta casa foi confiscada e entrou no acordo de colaboração premiada de Passos.

“Certo dia Chrystian chegou tremendo na minha sala, guardamos os celulares na geladeira, como sempre, e ele falou que não estava aguentando mais pedido de propina. Que ele teria pago mais de R$ 1 milhão em propina e que Pike e Beto tinham faturado mais que ele naquela obra específica”, conta ao advogado de defesa de Linzmeier. Afirma que Pike cria histórias que nem sempre são verdade, mas que ele acredita piamente nas próprias histórias.

Chrystian Mokva admite que procurou a Prado & Prado porque não tinha documentação para participar de processos licitatórios na prefeitura de Canoinhas. Ele conta que ganhou a licitação de R$ 4 milhões com a Prado & Prado. Pike teria se surpreendido ao saber que ele era o representante da empresa. Pike estaria alterado ao chamá-lo. Eles teriam discutido. Foi então que, segundo ele, Pike teria dito que ele poderia seguir com a obra se pagasse pedágio de 8%. Ele relutou, mas aceitou. Se emitisse uma nota fiscal teria de pagar uma porcentagem da nota. “Comecei a atrasar o pagamento do pedágio e isso foi acumular ao ponto que não tinha o que fazer, ou pagava pedágio ou tocava a obra”. Diz que implorava para que João Linzmeier fizesse medições das obras, mas ele dizia que tinha de ter um ok do Pike. “Ele criou uma forma de garantir o pagamento do pedágio”, afirma. Mokva diz que falou a Pike: “vocês estão recebendo mais lucro que a própria empresa”. Para ele, era uma forma de sufocar a Prado & Prado para ela não seguir com a obra. Diz ainda que chegou-se ao ponto de ele ter de pagar a propina antes de emitir a nota fiscal.

“Quando disse certa vez a ele iria denunciá-lo, Pike mostrou uma foto no celular em que estava com o promotor Renato (Maia de Faria), a Dominique (sua sobrinha, juíza de direito da comarca de Canoinhas à época) e uns três policiais. Ele perguntou: pra qual destes você vai denunciar?”. “Ele me passava que tinha poder sobre o jurídico, PM e prefeitura. Do Jurídico por ter a sobrinha juíza e por ser amigo pessoal do promotor”, diz. Mokva afirma que pagou mais de R$ 1 milhão em propina para Pike. Pike teria mandado Mokva entregar R$ 20 mil na sala de Beto Passos. Ele diz que colocou em uma gaveta.

Sobre a relação com Marcos Granemman, ele afirma que pedia dinheiro vivo somente porque os bancos não tinham dinheiro para entregar para ele. Era necessário fazer uma previsão, mas ele não tinha tempo para isso. Em troca ele diz que comprava um bolão depois de fazer a troca. “Nunca troquei cheque com o Marcos. Era por transferência bancária que se dava a troca”, afirma contrariando a denúncia. Afirma, ainda, que Marcos não sabia de seus esquemas ilícitos. “Não era ilícito, era somente uma transferência bancária” garante.

“Em nenhuma vez o Beto Passos me pediu propina. Minha conversa era com o Pike”, diz respondendo a questionamento da promotora.

Sobre a Prado & Prado ele diz que alocava maquinário da SMK, empresa de seu pai, e a Prado & Prado entrava com a parte técnica. “Sou procurador deles”.

Ele nega ter pagado o valor de R$ 120 mil para “comprar” a vaga de João Linzmeier como secretário. Ele diz que de fato Pike disse isso a ele, que Beto exigia os R$ 120 mil pelo cargo, mas que era invenção do ex-vice-prefeito. Sobre aumentar medição de modo fictício para aumentar a propina, ele confirma ser verdade.

 Mokva diz que, “com certeza, não ofereceu propina a Diogo”. Cedo, Diogo Seidel afirmou que foi convencido por Mokva a entrar no esquema.

Mokva afirma que não foi favorecido em nenhuma licitação das quais participou na prefeitura de Canoinhas. Diz que repassava cobranças de fornecedores a Prado & Prado que, por sua vez, lhe fazia os pagamentos. Afirma que Osni Prado soube do esquema de propina uma semana antes das prisões da sétima fase da Et Pater Filium.

Mokva afirma que crê que apenas uma pequena parte do dinheiro entregue a Pike iria para Beto Passos.

Beto Passos pede desculpas a população pelo que “infelizmente me envolvi”. Fala que como Pike mantinha domínio sobre os maiores partidos da coligação que os elegeu ele exigiu algumas coisas como cuidar das licitações.

Ele diz que tomou conhecimento de como se dava a cobrança da propina somente após as prisões. “Eu sabia dessa questão do recebimento de valores do Chrystian Mokva, mas não sabia o que e como era cobrado”, afirma. Diz ainda que não sabe quanto exatamente recebeu de propina, mas imagina algo em torno de R$ 300 mil. Perguntado sobre campanha eleitoral, ele garante que houve em momentos eleitorais (pagamento de propina), mas também houve fora de momentos de eleição.

Beto diz que se surpreendeu com a prisão de João Linzmeier porque desconhecia qualquer atitude ilícita dele. “Inclusive eu pedia insistentemente para que cobrasse o cumprimento do cronograma das obras” de Mokva. “Todos falavam mal do Mokva”, afirma.

Beto cita o seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Paulo Machado. Diz que eles precisavam de um dinheiro para liberar as emendas parlamentares o valor seria algo em torno de R$ 50 mil. Aí eu entreguei um valor a Paulo, mas não vi ele entregando o valor para um deputado federal, que seria o destino. Esse valor teria sido colocado em sua gaveta por Mokva na única vez em que houve interação entre os dois para tratar de propina.

Sobre autoridades locais, Passos conta que representantes da Polícia Militar visitavam Pike na prefeitura solicitando algum apoio. “Pike falava da familiar dele no poder judiciário porque tinha superproteção aqui, que tinha amizade com o promotor e comandantes da Polícia.” Cita como exemplo de prestígio de Pike era que ele usava a palavra, mesmo na presença do prefeito, em atos solenes da Polícia. “Não posso falar em relação espúria, mas que havia essa proximidade havia.” Pike sempre dizia que Beto devia a ele. Isso porque, segundo Passos, a campanha em 2016 foi bancada em boa parte por Pike.

Passos admite receber propina de Mokva, culpa Pike pela organização do esquema e diz desconhecer até então os papéis de Diogo Seidel e João Linzmeier no esquema.

Beto nega que tenha recebido recursos de Pike para pagar pelo Jeep Compass que tinha. “Houve essa conversa de ‘vamos fazer alguém pagar esse carro pra você’, mas eram coisas do além”. Passos diz que vendeu o Jeep. Sobre a casa do irmão, Márcio, Beto diz que não foi dinheiro de propina. Que ele emprestou o dinheiro ao irmão.

Pike teria oferecido um valor para dar o cargo de secretário de Planejamento para João Linzmeier, mas de fato nunca teria pago. Sobre os secretários anteriores, ambos saíram por pressão de Pike, segundo Passos.

Passos narra novamente como foi ameaçado por Pike, que apontou uma arma para a cabeça do seu irmão dizendo que “com nós é desse jeito”. “Essa foi a mais audaciosa e alarmante forma de ameaça que ele me fez”.

Na sequência, Marcos Granemann depôs, negando que conhecesse qualquer esquema ilícito de Mokva quando aceitava entregar a ele dinheiro que era posteriormente depositado na sua conta via sistema bancário.

João Linzmeier encerrou os depoimentos do dia, sendo solto em seguida. Ele era o único réu preso desta fase da Et Pater Filium.



Quinta, 1/6: Prefeito de Bela Vista do Toldo cai em contradição durante depoimento

Alfredo Cesar Dreher, durante depoimento

O prefeito preso de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cézar Dreher (Podemos), caiu em contradição no depoimento que abre outra frente de investigação: a compra de caminhões por parte de Beto Passos para fraudar e superfaturar licitações por meio do empresário Joziel Dembinski. Questionado pelo promotor do Ministério Público (MP) sobre sua assinatura no atestado de capacidade técnica da empresa de Joziel Dembinksi, Dreher deu versão diferente daquela que ofereceu na fase de investigação.

Em seu primeiro depoimento, Dreher disse que assinou o atestado, em 2018, a pedido do então prefeito Adelmo Alberti (UB) e que a empresa não prestava serviço para o município naquela época. Já quando confrontado com a mesma pergunta diante do juiz, Dreher ratificou que assinou o documento a pedido de Alberti, mas mudou a versão dizendo que a empresa de Joziel já prestava serviços ao município de Bela Vista do Toldo naquele momento.
Dreher foi alertado sobre a possibilidade de responsabilização criminal diante das versões conflitantes, momento em que o vice-prefeito voltou atrás e manteve seu posicionamento da fase de investigação. Segundo ele, confundiu a pronúncia de “2018” com “2020”.

O secretário de Obras de Canoinhas durante 2022, Edmilson Verka, afirmou que ao assumir a Secretaria percebeu a necessidade de alterar o sistema de pagamento e de fiscalização das empresas que prestavam serviços, pois o modelo adotado durante o período em que Cochask estava na Secretaria “não fazia sentido”.

De acordo com Verka, as mudanças foram implementadas aos poucos, principalmente depois que Amanda Suchara, ré por adulteração de documentos a fim de beneficiar o empresário Joziel Dembinski, deixou o trabalho na prefeitura para gozar licença maternidade. Dembinski é considerado laranja de Beto Passos em um esquema que envolve a compra de dois caminhões em Curitiba por parte de Passos que foram, posteriormente, colocados no nome de Dembinski, que atuava como laranja de Passos. Com estes caminhões, Dembinski teria participado de licitações fraudadas por Passos, conforme a denúncia. A partir de então Dembinski teria estimulado Amanda a alterar para mais os itinerários do serviço prestado por sua empresa a fim de superfaturar com o serviço. Sendo assim, Passos recebia parte do dinheiro auferido pela empresa por meio de contratos com a prefeitura de Canoinhas.

Enquanto na gestão de Cochask, a Secretaria de Obras remunerava os prestadores de serviço, como Joziel Dembinski, por quilômetro rodado, sem fazer distinção se o caminhão estava carregado ou não. A partir da gestão de Verka, os critérios da Secretaria mudaram. Passou-se a traçar o trajeto dos caminhões com um GPS, remunerando por tonelada de carga considerando a menor distância possível do local de carga ao de descarga.

O relato de Verka foi corroborado por um servidor de carreira da prefeitura e por um ex-estagiário.



Sexta, 2/6: Questões conjugais e detalhes de pagamentos marcam o quinto dia de audiências da Et Pater Filium

Questões conjugais dos réus e detalhes sobre pagamentos e contratos marcaram o quinto dia de audiências de testemunhas da Operação Et Pater Filium, que ocorreu na manhã desta sexta-feira, 2. O Ministério Público de Santa Catarina e advogados de alguns dos réus questionaram as testemunhas sobre as supostas relações amorosas entre os réus Amanda Suchara, Joziel Dembinski e Nilson Cochask.

Em diversos momentos, as testemunhas foram questionadas se as supostas relações extraconjugais entre os réus podem ter interferido na administração pública. As testemunhas não souberam dar detalhes sobre as questões. Essa falta de detalhes beneficia a defesa de Cochask, acusado de pressionar Dembinski a pagar suas contas pessoais.

Além disso, a defesa de Gustavo de Lima Rocha, empresário indiciado por supostamente também ter fraudado o caráter competitivo de licitação, solicitou o desbloqueio de seus bens alegando prejuízo causado pela investigação, como redução no número de empregados de 600 para 60 e problemas financeiros. Em suas alegações, a defesa aponta que em nenhum dos depoimentos apareceram indícios que sustentem a denúncia. A promotora do MP, porém, pediu que os bens sejam desbloqueados apenas ao final do processo, caso o réu seja absolvido. Quem decide sobre a questão é o juiz Eduardo Veiga Vidal.

Uma das pessoas chamadas a depor como testemunha foi o ex-secretário de Obras de Canoinhas, Luiz Alceu Witt, conhecido como Luizinho. A defesa de Cochask solicitou que suas declarações fossem consideradas com ressalvas, uma vez que seria suspeito a falar por ter assumido a pasta logo após a saída de Cochask. Entretanto, o MP entendeu de forma diferente, vendo Luizinho como figura necessária para compreender o funcionamento da secretaria naquele período.

O próprio Luizinho, como levantou a promotoria, teria assinado registros da quilometragem dos caminhões de Dembinski. Seu testemunho, embora a defesa de Cochask tenha tentado impugnar, pode ser benéfico ao ex-secretário, uma vez que retirou a figura do secretário do papel de fiscalizar a quilometragem dos caminhões, jogando a responsabilidade para Amanda Suchara. Luizinho e Cochask sustentam a mesma tese: Amanda seria a responsável por todo o procedimento burocrático e caberia ao secretário apenas assinar os registros.

Amanda também foi acusada de controlar as contas de e-mail dos gestores que passaram pela secretaria, como Luizinho e Verka. Os dois relataram que Amanda era a responsável por gerir o sistema e enviar e-mails.


PRÓXIMOS PASSOS

Nesta segunda-feira, 5, serão retomados os depoimentos que investigam a compra dos caminhões. Desta vez os réus sentarão diante do juiz. Pela ordem, irão depor a partir das 13 horas, Adelmo Alberti, Amanda Suchara, Beto Passos e Marcio Passos. A tendência é que os depoimentos se encerrem somente na quarta-feira. Como na quinta há um feriado, haverá recesso até a segunda-feira, 12, quando começarão os depoimentos que envolvem as conexões dos réus entre Canoinhas e Bela Vista do Toldo.

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