domingo, 4

de

maio

de

2025

ACESSE NO 

O que já se sabe sobre catarinense que planejou e executou explosões em Brasília

Últimas Notícias

- Ads -

Francisco Wanderley Luiz, filiado pelo PL em Rio do Sul (SC) em 2020, morreu nas explosões

A Polícia Federal está investigando o caso do catarinense identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, filiado ao PL, e que foi candidato a vereador na cidade de Rio do Sul (SC), que explodiu duas bombas na noite de quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Conhecido como Tiü França, o chaveiro morreu após a segunda explosão.

A primeira explosão ocorreu em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), e a segunda, em um veículo estacionado próximo à Câmara dos Deputados, que era de propriedade de Francisco. Dentro dele foram encontrados artefatos explosivos, tijolos e outros objetos. 

Segundo o relato de uma funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), que aguardava o transporte público no momento em que ocorreram as explosões, seguranças tentaram se aproximar da área ao ouvirem o primeiro estrondo, porém, se afastaram quando foi lançada a segunda bomba.

Francisco, que era chaveiro e tinha imóveis alugados em Rio do Sul, foi descrito por familiares como tranquilo, porém, teria mudado o comportamento, passando a focar intensamente em questões políticas, o que passou a dificultar o convívio com a família.

Em 2022, ele teria participado de acampamentos em estradas de Santa Catarina em ações de protesto à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à TV Brasil, um dos cinco irmãos de Francisco, inconformado com a situação, afirmou que para ele, “o chaveiro interagia com grupos extremistas na internet, o que o levaram ao ódio”. Antes de cometer o ato terrorista, o catarinense teria publicado mensagens contendo ameaças (leia mais abaixo).

Sônia Regina, de 66 anos, irmão do criminoso, contou que a família temia que Francisco pudesse cometer esse ato e que a notícia da morte não foi uma surpresa, mas a forma que ela aconteceu, sim. As informações são do site Metrópoles. “Não foi surpresa para nós, mas jamais imaginei que ele ia fazer da maneira que foi. Minha irmã já estava preocupada, porque ele deixou no ar a intenção”, disse Sônia para o Metrópoles. Segundo a irmã mais velha, Francisco era uma pessoa aventureira e obcecada pelo que queria.

Ele teria afirmado em uma reunião com familiares que tinha a intenção de tirar a própria vida após perder dinheiro devido a uma enchente que atingiu sua casa e após ter se separado da segunda mulher. Foi depois desses problemas que ele teria começado a se envolver com assuntos políticos.

Reprodução

Nos últimos quatro meses, o chaveiro ficou em uma casa alugada em Ceilândia, no Distrito Federal, que fica a aproximadamente 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. Na casa, a polícia encontrou parte dos artefatos explosivos. Ele ainda usou um local de fácil acesso ao público, alugando um trailer que estava estacionado próximo à Esplanada dos Ministérios.




Irmão de autor de atentado diz que ele se “deixou levar pelo ódio”

Da Agência Brasil

Emocionado, o irmão contou que não mantinha contato com Francisco Wanderley, de 59 anos, nos últimos meses. Francisco, que era chaveiro, era uma pessoa tranquila, disse. Porém, após as últimas eleições presidenciais em 2022, só falava de política, o que dificultava o convívio. Essa situação se agravou no ano passado. 

O irmão disse ainda que não estava com comportamento irreconhecível. 

Acampamentos e grupos extremistas

O irmão relatou que Francisco participou de acampamentos em estradas de Santa Catarina contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito de 2022. 

Para ele, o chaveiro interagia com grupos extremistas na internet, o que o levaram ao “ódio”. 

Alexandre de Moraes 

O irmão não acredita que o homem tinha a intenção de matar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. O autor do atentado a bomba à sede do Supremo, segundo investigações, tinha como alvo Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos de 8 de janeiro.

Perplexa

Ele afirmou que a família está perplexa com o ato e a morte de Francisco Wanderley. 

Investigação

O familiar disse também que ele vivia da renda de casas alugadas em Rio do Sul, cidade catarinense do Alto Vale do Itajaí onde morava e chegou a disputar as eleições municipais de 2020, concorrendo ao cargo de vereador pelo PL.

A Polícia Federal vai investigar como o homem obtinha o dinheiro necessário para se manter na capital federal e se agiu sozinho ou recebeu algum tipo de apoio para cometer um ato terrorista com o propósito de abolir o Estado de Direito por meio da ação violenta.

O chaveiro passou os últimos quatro meses vivendo em uma casa alugada em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes, na área central de Brasília.

Além da casa, onde preparou ao menos parte dos artefatos explosivos, ele alugou um trailer que estava estacionado próximo à Praça dos Três Poderes, junto a outros veículos adaptados para permitir a venda de alimentos.