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O que esperar do segundo mandato de Juliana Maciel?

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Prefeita elegeu pavimentação como seu maior desafio

COLUNA DE DOMINGO Na entrevista concedida à coluna de ontem, a prefeita reeleita Juliana Maciel Hoppe (PL) disse que pretende priorizar o tema pavimentação neste segundo mandato. São quatro anos que, com vontade e muita sorte, será possível avançar e muito. Como sempre digo aqui na coluna em início de mandatos, é a hora de darmos um voto de confiança ao prefeito de turno.

No caso de Juliana, ela já iniciou um programa de pavimentação. São 32 pequenos trechos que, dado o tamanho do problema, pouca diferença farão no conjunto da obra, mas tem razão a prefeita ao dizer que por algum lugar tem de começar. Via de regra, todos os últimos prefeitos fizeram pavimentações, mas sempre e convenientemente, nos dois últimos anos de governo visando, claro, a reeleição ou eleger um preposto. Com Juliana não foi diferente, feita a ressalva de que ela governou por dois anos no mandato tampão fruto da eleição extemporânea de 2022.

Creio que a prefeita acerta em cheio ao eleger o tema como prioridade. Mais ainda ao estabelecer um cronograma. Ela pretende fazer um sistema misto de execução de obras, comprando massa asfáltica que seria implementada em estradas preparadas pela Secretaria de Obras. Para suprir a necessidade de mais maquinários, pretende ir atrás de convênios e recursos do Estado. Para contornar a falta de pessoal, anunciou que pretende fazer concurso público. A prefeita promete um programa contínuo que, claro, não resolverá todo o problema. Segundo dados do Planejamento, Canoinhas tem 267,8 quilômetros de ruas. Destes, 109 quilômetros estão pavimentados. Já os demais 158 quilômetros são de chão batido.

Outra frente a ser atacada é fazer a Câmara tirar da gaveta o projeto do Plano Diretor que obriga loteadores a pavimentar loteamentos como regra para poder comercializá-los. É uma excrescência que Canoinhas seja a única das maiores cidades da região a permitir que loteador reduza tamanho de ruas, o que foi aprovado em 2018 pela Câmara e sancionado pelo então prefeito Beto Passos, e ainda tenha a possibilidade de empurrar a fatura do asfalto para o bolso do contribuinte.

Para colocar seus projetos em prática, Juliana terá uma base aliada na Câmara maior do que a de Beto Passos em 2020. São sete vereadores de situação ante seis na era Passos. Conta ainda com a lua de mel com o eleitor. O resultado da eleição mostrou que nada que a prefeita fez nestes dois anos a desgastaram diante do público, por mais que atos polêmicos como os livros no lixo tenham sido explorados por seus desafetos.

Com apoio do governador, maioria na Câmara e simpatia do eleitorado – inclusive do interior – Juliana tem tudo para fazer um governo que seja uma chave de virada na história de Canoinhas. A ver.