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O eterno equívoco sobre o Desenvolvimento Econômico de Canoinhas

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Historicamente pasta é esvaziada por prefeitos

ESVAZIADA

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COLUNA DE DOMINGO O orçamento de 2022 da prefeitura de Canoinhas traz poucas surpresas. Algo que definitivamente não surpreende é o corte nos recursos para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A pasta teve o maior corte entre todas as pastas. Foram 56% a menos em relação a este ano. No ano passado, o Governo havia adiantado que o recurso da pasta havia aumentado pela previsão da compra do Cemitério Jardim das Hortênsias, o que de fato foi concretizado neste ano. Havia também a previsão da construção de 12 parquinhos infantis, 10 quadras de grama sintética nos bairros e 10 academias ao ar livre nos bairros. Ações importantes, mas que passam longe do Desenvolvimento Econômico. Custa acreditar que alguém ache que enterrar munícipes seja uma forma de evoluir economicamente.

Esse desapreço por uma das pastas mais estratégicas de qualquer governo não é exclusividade de Beto Passos (PSD). Desde que cubro o Município, já acompanhei de perto quatro prefeitos e não vi por parte de nenhum deles comportamento diferente. Todos, sem exceção, usaram a pasta do Desenvolvimento Econômico, primeiro, para acomodar aliados políticos e, segundo, para realocar recursos para outras pastas quando necessário. Nenhum teve a percepção correta de para que serve a Secretaria. Senão, vejamos.

Hoje alocada no antigo Fórum, a Secretaria acomoda, basicamente, o Serviço Nacional do Emprego (Sine). Nada contra, mas de fato não é para isso que a pasta deveria servir. Começa pelo fato de o secretário ser uma pessoa muito bem articulada com o empresariado e que olhe para fora e não para dentro da cidade. O bom relacionamento com quem já está aqui dificilmente gera novos empregos, mas viajar, participar de feiras estratégicas, fazer networking, é o que se espera de uma Secretaria de Desenvolvimento Econômico de verdade.

Atrair investimentos não é nada fácil. Prometer terreno e isenção de taxas municipais todos fazem. O que se pode fazer além disso para atrair investimentos? Boa pergunta a ser respondida por um secretário bem articulado. Quantos foram para além desse feijão com arroz? Nenhum nas últimas duas décadas pelo menos.

Um grande investimento pode ser atraído em uma conversa descontraída durante um jantar ou em um evento, uma exposição. Recordo-me de um exemplo bem ilustrativo. Bem relacionado com o governador à época, Raimundo Colombo, o então prefeito de Mafra, Wellington Bielecki foi junto com o prefeito à Alemanha e, durante um jantar, acertou com uma empresa de chicotes automotivos a instalação de uma filial em sua cidade. Para não parecer favorecimento, ficou combinado que tapeariam Canoinhas por algumas semanas com a falsa promessa de “vermos qual das duas cidades teriam melhores condições para acomodar a filial”. Não precisa nem dizer quem ganhou a parada. Networking, gente, networking. Em negócios, isso é tudo.

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