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MP diz que motivação a ataque a creche foi ‘repugnante e imoral’

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Autor do crime foi denunciado por cinco homicídios triplamente qualificados e 14 tentativas de homicídio

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fez a denúncia nesta sexta-feira, 21, contra Fabiano Kipper Mai, 18 anos, que invadiu a Escola Pró-Infância Aquarela, em Saudades (SC) e matou duas educadoras e três crianças, além de ter ferido uma quarta criança, no dia 4 de maio no município de Saudades, no Oeste catarinense. O autor do crime foi denunciado por cinco homicídios triplamente qualificados e 14 tentativas de homicídio.

 

 

 

Em entrevista coletiva, com transmissão ao vivo pelo canal do MPSC no YouTube, diretamente da na Câmara de Vereadores de Pinhalzinho, município-sede da comarca que abrange o município de Saudades, o promotor de Justiça responsável pelo caso, Douglas Dellazari, explicou a denúncia e o resultado das apurações que embasarão o processo penal.

 

 

 

Também participaram da coletiva o promotor de Justiça Júlio Locatelli, que colabora com o caso, o procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, e o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPSC, Alexandre Estefani.

 

 

 

Segundo o promotor de justiça Douglas Dellazari, a motivação do ataque foi ‘repugnante e imoral’. Para ele, não há dúvidas de que o crime foi premeditado. “O planejamento iniciou há cerca de 10 meses, e a idealização era de um verdadeiro massacre. Ele pesquisou o retorno das aulas presenciais em Santa Catarina e em específico em Saudades. Em 3 de maio, um dia antes ao ataque, pesquisou a creche municipal Aquarela. Foi um atentado antevisto e delineou o alvo mais fácil para ter êxito na sua ação”, disse o promotor.

 

CONFIRA A COLETIVA NA ÍNTEGRA:

 

O QUE SE SABIA SOBRE O AUTOR DO CRIME

Segundo o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, a polícia ouviu pessoas próximas a Fabiano Kipper Mai, e o perfil que foi traçado inicialmente é de que o autor era um rapaz “problemático, vinha enfrentando bullying na escola, maltratando animais e era introspectivo”. O jovem gostava de jogos on-line de violência e tinha alguns problemas em casa não detalhados. Devido ao bullying, ele não queria ir mais para a escola onde cursava ainda o Ensino Médio.

 

 

A família do assassino é simples, segundo o delegado. Foram ouvidos os pais de Fabiano e uma irmã. De acordo com o relato da família ele era ‘quietão’, não se abria com ninguém, não tinha celular, tinha poucos amigos e os que tinha, acabaram se afastando dele. Para a família, ele é “problemático, mas dentro da normalidade, contudo, trabalhador”. Ele trabalhava em uma empresa e como não saía, guardava cerca de R$ 11 mil em casa.

 

 

Ainda segundo o delegado, o autor carregava duas armas cortantes no momento do crime. Uma maior e outra menor, mas usou apenas uma delas, uma espada. Ambas foram compradas pelo assassino recentemente. Ele também não tinha nenhuma passagem pela polícia.

 

 

 

O DIA DO CRIME

Segundo o promotor Douglas Dellazari, o autor do crime pesquisou no dia anterior o nome da creche na internet. No dia do crime, 4 de maio, ele saiu às 9h15 do trabalho, em horário de intervalo e foi até sua casa para comer um lanche. Em seguida, ele teria pegado as duas armas e se dirigido de bicicleta até à escola.

 

 

 

Ao chegar na creche, conseguiu entrar facilmente no saguão da unidade escolar e foi abordado por uma professora e pela auxiliar, as primeiras esfaqueadas. A professora faleceu no local e a outra ficou gravemente ferida, chegou a ser socorrida, porém, acabou falecendo no hospital.

 

 

 

Na sequência, ele tentou entrar em três salas, com socos e empurrões, mas não conseguiu porque as professoras se trancaram com as crianças dentro das salas. Em uma das salas, chegou a bater com uma das facas no vidro, aumentando o terror das vítimas.

 

 

 

Pouco depois, ele retornou a sala do maternal, onde não havia nenhuma professora, pois eram justamente as duas primeiras vítimas do assassino. Com vários golpes, ele acertou as quatro crianças que estavam no local. Três delas morreram e uma ficou ferida, porém, recebeu alta dias depois.

 

 

 

Ouvindo os gritos de socorro, vizinhos armados com barras de ferro entram na escola, conseguem retirar duas das crianças feridas, entre elas a sobrevivente. Vendo o grande número de pessoas no local, ele se fere com golpes no próprio pescoço.

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