Disputa pelo Republicanos mexe com quadro eleitoral
QUEDA DE BRAÇO
O ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) enviou uma carta aos correligionários neste domingo, 9, em que afirma ter recebido a garantia do presidente nacional do partido, deputado Marcos Pereira, de que qualquer mudança no comando do Republicanos em Santa Catarina só ocorrerá depois das eleições municipais. Na semana passada, o governador Jorginho Mello (PL) articulou a puxada de tapete de Moisés ao tomar do Republicanos em Santa Catarina com um lance que incluiu a troca de partido do deputado Jorge Goetten, com aval do TSE, para assumir a presidência estadual.
Leia, na íntegra, a carta recebida pelo diretório do Republicanos em Canoinhas que tem agora o ex-vereador Célio Galeski na presidência:
“Prezados correligionários,
Nos últimos 18 meses trabalhamos para construir o partido Republicanos10 mais forte e presente na sociedade catarinense.
Atraímos centenas de pessoas para um novo projeto político, dedicado ao povo de Santa Catarina, e apresentamos novos nomes para as eleições municipais de 2024.
Estou confiante de que essa será a melhor eleição municipal da história do Republicanos em nosso estado.
Atraímos para o partido políticos e pessoas que nunca tiveram atividade política, filiando, também, ao Republicanos, na janela partidária, várias lideranças de expressão, inclusive vereadores em mandato oriundos de outras siglas, na certeza de fazermos uma grande eleição, e de fortalecer os ideais republicanos.
Quando o calendário baseado na lei eleitoral nos indicou que estava encerrada a fase da janela partidária, surpresa para nós foi a possibilidade da mudança do comando do Republicanos de Santa Catarina antes do pleito municipal de outubro de 2024, divulgada por veículos de imprensa do nosso estado.
Na verdade, uma atitude como esta, se colocada em prática, poria em xeque toda a credibilidade do partido Republicanos e de suas lideranças.
Muitos projetos foram construídos considerando a liberdade que tivemos para trabalhar com todas as siglas partidárias, de acordo com a realidade política de cada cidade e com as composições possíveis. Estas alianças com o nosso Republicanos envolveram partidos de situação e de oposição ao atual governo do nosso estado.
Com muita liberdade para trabalhar, todas as nossas executivas municipais, coordenadores regionais, e demais lideranças partidárias do Republicanos, construímos alianças baseadas na confiança que temos no presidente nacional do Republicanos e na confiança que cada um dos atraídos pelo Republicanos tem neste presidente estadual.
Mudar as regras do jogo, após o fechamento da janela partidária, é submeter à clausura, vereadores e demais lideranças, caracterizando uma violência muito grave, que certamente não ocorrerá, pois não combina com a boa prática do Republicanos, e cremos, seria um ineditismo com danos irreparáveis, além dos já ocorridos à nossa sigla pela simples divulgação de eventuais acordos antes do pleito que se avizinha.
Na condição de presidente estadual do Republicanos, ouvindo através da imprensa estadual que o partido seria entregue nas mãos de lideranças do partido liberal, imediatamente busquei conversar com o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, a fim de compreender a situação. Conhecendo a integridade do nosso presidente nacional, não foi surpresa para mim a afirmação e a garantia por parte do nosso presidente de que qualquer alteração eventualmente cogitada para a composição da direção do Republicanos de Santa Catarina, não envolveria, em hipótese alguma, a eleição municipal do ano de 2024, seguindo inalterada a situação do Republicanos de Santa Catarina até que ocorra a eleição municipal.
Tenham neste presidente o total empenho no sentido de que as eleições do ano de 2024 ocorram conforme programamos, conforme os compromissos assumidos com a direção nacional do partido e as alianças que fizemos nas cidades catarinenses.
Santa Catarina, 09 de junho de 2024.
Att
Carlos Moisés da Silva
Presidente do Republicanos de SC“
A PENSAR
A carta contesta as informações vindas do próprio PL sobre as articulações de Jorginho. A ver.
A coluninsta da NSC, Dagmara Spautz, apurou que houve, de fato, uma articulação de bastidor – à revelia de Moisés – para tentar protelar a transferência de comando no Republicanos. Esse movimento foi feito pelo PT junto ao governo federal, onde o Republicanos integra o ministério de Lula, e foi um gesto aos demais partidos, mirando nas alianças e acordos para as eleições municipais. O movimento, no entanto, não teria sido bem-sucedido, segundo Dagmara.
MOVIMENTO
Causou furor a exoneração de última hora do secretário de Desenvolvimento Econômico de Canoinhas, Luis Mario Dranka, aos 45 do segundo tempo. A avaliação mais que óbvia é de que ele possa ser candidato a vice de Juliana. Dranka é filiado ao PL. O nome do empresário é avaliado como ideal, considerando a possibilidade de chapa pura. Gil Baiano, primeiro nome cotado, diz que quer continuar sendo vereador.
PALAVRA
Procurado pela coluna, Dranka disse que “posso lhe informar que pedi exoneração para ficar disponível ao PL como uma opção de pré-candidato a vice da prefeita Juliana. Eu entendo que é um momento único para Canoinhas avançar num grande projeto de empreendedorismo, inovação e compliance, criando um ambiente muito atrativo a novos investimentos. Canoinhas poderá crescer muito se a Gestão Pública continuar propiciando a participação na Governança através do fortalecimento dos Conselhos, Comissões e Grupos técnicos compostos por representantes da sociedade. Neste caso posso citar o PEDEM que trabalha com cinco eixos de desenvolvimento econômico e o Conselho de Desenvolvimento Rural, o qual possui representantes de todos os distritos. Esse é um trabalho ainda pouco conhecido, mas que está ganhando maturidade e notoriedade.”
MAIS DEPUTADOS
O projeto que prevê uma redistribuição das cadeiras no parlamento, e poderá beneficiar Santa Catarina com mais quatro vagas na Câmara Federal, deve entrar na pauta de discussões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nos próximos dias.
ENQUETE
O vereador André Flenik (PL) propôs em suas redes sociais uma discussão sobre o projeto de lei que obriga os loteadores a pavimentarem loteamentos, assunto da coluna de domingo passado. 83% dos participantes da enquete são a favor do projeto.
ATENDIMENTO
O vereador André Flenik (PL) está requisitando ao presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, que descentralize a gestão da empresa, voltando com a coordenação para Canoinhas, considerando a demora no atendimento das solicitações pela regional de Mafra.
SEM RESPOSTA
Os vereadores de Canoinhas estão questionando a prefeita Juliana Maciel Hoppe (PL) sobre quaus trechos das 12 ruas anunciadas pela prefeita serão, de fato, pavimentados. “As ruas Otávio Tabalipa e Clemente Procopiak serão asfaltadas em sua totalidade? Em caso negativo, quais trechos serão pavimentados? (por exemplo, rua Otávio Tabalipa, da Avenida dos Expedicionários até a rua Adolfo Bading; rua Clemente Procopiak, da Avenida dos Expedicionários até a rua Waldomiro Olsen)?”, questionam.
VAI E VOLTA
E pela enésima vez o elevador da Policlínica de Canoinhas enguiçou.