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Mensageiro: A bala de prata da política catarinense

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Ao observar as prisões realizadas na quinta, alguns pontos chamam claramente a atenção

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A quinta-feira, 27 de abril, ficará marcada na história recente de Santa Catarina, como o momento onde o Estado foi agraciado com uma das piores manchas na sua política. Política essa, que em muitos momentos é colocada como sendo o exemplo a ser seguido.

Durante todo o dia acompanhamos atentamente o desenrolar da 4ª fase da Operação Mensageiro, que até esse momento já levou para prisão ao menos 15 prefeitos de toda Santa Catarina.

O esquema de corrupção que foi construído entre as prefeituras e a Serrana, a cada novo capítulo, mostra-se cada vez mais grandioso e vergonhoso para toda a população catarinense.

Nessa fase da Operação, foram 18 mandados de prisão preventiva e 65 de buscas e apreensão. São prefeitos, vereadores, agentes públicos, que pela ganância de querer sempre mais e dar aquele jeitinho à “la brasileira”, engordavam os bolsos à custas do dinheiro que os contribuintes pagam todos os meses.

Ao observar as prisões realizadas na quinta, alguns pontos chamam claramente a atenção. O primeiro é que uma parcela significativa dos prefeitos presos ou eram do mesmo partido, ou apoiaram Bolsonaro na última eleição. E aqui fica o questionamento: cadê a bandeira de combate à corrupção que era levantada a todo momento? Ela servia apenas para angariar votos de eleitores que muitas vezes caminhavam no efeito de manada.

A segunda questão é pertinente e precisa ser amplamente discutida: o que está acontecendo com o Planalto Norte de Santa Catarina? Tudo começou com Beto Passos e Renato Pike e agora vieram os prefeitos de Bela Vista do Toldo, Major Vieira e Três Barras.

Para uma região que é amplamente esquecida pelo poder estadual, que fica a quilômetros de distância, no sentido literal e figurativo da palavra, da capital Florianópolis, que não possui representatividade política dentro da Assembleia Legislativa, se apresentar como um dos principais epicentros da corrupção estadual, torna a região pária frente a outras.

Dificilmente os deputados estaduais e federais, que têm de adotar a região, destinarão verbas públicas para as cidades envolvidas nos próximos tempos. Isso deve afetar diretamente na vida da população, que verá os seus desejos serem atrasados.

É claro que não se pode generalizar a região e colocar tudo dentro de um mesmo saco. Afinal, entre os escândalos existem cidades que seguem realizando o seu trabalho da forma como está prevista em lei e dentro dos ritos democráticos. São essas cidades que em um futuro próximo devem assumir a dianteira no desenvolvimento da região, trazendo geração de emprego e renda.

Nesse momento cabe aos eleitores começar a analisar quais serão os seus votos nas eleições de 2024, porque não será possível abrir ainda mais espaço para a corrupção dentro dos poderes municipais.

Já para aqueles que estão no poder ou que pretendem ocupar uma cadeira, fica como dica o que vem acontecendo atualmente, um dia a conta sempre chega. E quando ela chega, ela pode ser bem amarga.

Nessa 4ª fase, a Operação Mensageiro começou a atingir núcleos específicos da política barriga verde e, com isso, existe a certeza de que ela tem ainda muita força para gastar.

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