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Justiça começa a ouvir testemunhas sobre morte de professora de Três Barras

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Audiências visam colher elementos para definir pelo júri popular ou não

Iniciaram nesta sexta-feira, 20, as primeiras audiências de testemunhas do caso que resultou na morte de Marli Lother, em março deste ano. A professora foi atropelada por Gabriel Carvalho, enquanto conduzia sua bicicleta pela avenida Abrahão Mussi, em Três Barras. Outras pessoas também foram atropeladas pelo acusado, no entanto, Marli não resistiu aos ferimentos e morreu.

De acordo com informações do advogado de acusação, Charles Brito, foram arroladas 20 testemunhas, sendo 16 de acusação e quatro arroladas pela defesa de Gabriel Carvalho. As audiências são fundamentais para a determinação do juiz se o caso será levado a júri popular ou não.


DENÚNCIA

A Vara Criminal de Canoinhas acatou, no início de maio, denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra Gabriel Carvalho. Na noite de 19 de março, Carvalho atropelou a professora em um acostamento da avenida Abrahão Mussi, passou por cima do corpo dela e a arrastou por um trecho deixando-a para morrer, fugindo em seguida. Ela estava em uma bicicleta indo rumo a Canoinhas para encontrar uma amiga que voltava do trabalho.

Depois, Carvalho ainda teria batido em outra ciclista, chegando a levantá-la para o alto junto com a bicicleta e ocasionando vários ferimentos na vítima. Na rua paralela a avenida onde Marli morreu, ele ainda teria tentado atropelar um homem que socorria a segunda ciclista atingida pelo suspeito. O homem conseguir se esquivar sem ferimentos.

Esses dois crimes foram documentados por câmeras de videomonitoramento cujas imagens foram reveladas pelo JMais. O MPSC denunciou Carvalho por um terceiro atropelamento, este sem registro de imagens.

Segundo a denúncia do MPSC, Carvalho estaria embriagado e teria usado entorpecente quando teria cometido os crimes.

Contra Marli ele foi indiciado por homicídio qualificado. Em relação a outra ciclista e a uma menor de idade que caminhava nas proximidades do Lar Aprisco, ele foi indiciado por homicídio qualificado tentado.

Sobre Marli, cita o MPSC, o suspeito “agiu impelido por motivo torpe, uma vez que o crime foi praticado com o vil e repugnante propósito, desprovido de justificativa lógica, de ceifar, em via pública, a vida de pessoa desconhecida, tanto que retornou ao local do fato, já diante do óbito de Marli, observando a cena e gesticulando com as mãos diante de populares, em forma de comemoração, o que torna ainda mais abominável a intensão do agente.” O MPSC destaca que além de estar correta ao pedalar pelo acostamento, Marli estava em uma bicicleta com sinalização traseira.

Com relação à segunda ciclista atropelada naquela noite, o MPSC descreve os vários ferimentos sofridos por ela e observa que Carvalho “somente não consumou a execução do homicídio por circunstâncias alheias à sua vontade, haja vista que a moça, ao perceber a aproximação do veículo, buscou sair da direção do carro e subiu na calçada, evitando, assim, que fosse atingida ainda com maior força e precisão pelo veículo.” A promotoria descreve, ainda, uma terceira tentativa de homicídio contra uma pedestre que, percebendo a aproximação do veículo, subiu na calçada, mas mesmo assim foi atropelada, sofrendo várias lesões. Com a força com a qual a vítima foi atingida, o retrovisor do carro chegou a cair, causando vários ferimentos na adolescente.



MANIFESTO

Familiares e amigos da professora de Libras, Marli Lother, fizeram uma manifestação dez dias depois de sua morte, no local onde ela morreu.