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Júri é suspenso e vai para o sexto dia neste sábado

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Este já é um dos mais longos júris da história de Santa Catarina

Foi suspenso na noite desta sexta-feira, 10, às 21h30, o quinto dia de julgamento de Nelvir Gadens, Márcio Mariano e Ademir Alves, acusados de serem mandante e executores do assassinato de Cláudio Herbst, assassinado em 2021, dentro da própria casa. O juiz que está à frente do caso, em comum acordo com a defesa e a acusação, decidiram que o júri será retomado neste sábado, 11, às 8h.

O júri deve ser encerrado neste sábado, com os debates, sendo 2h30 para os advogados de defesa, 2h30 para o Ministério Público, mais réplica e tréplica. Caso não haja réplica e tréplica, já segue para a votação do júri e em seguida, será dada a sentença. Mas o esperado é que o júri dure até a tarde deste sábado, se tornando assim um dos mais longos julgamentos da história da justiça catarinense.

Dr. Renan, um dos advogados da defesa, pontua que vários detalhes foram desprezados pela investigação. “O que verificamos ao longo desses cinco dias foi uma investigação preconceituosa. Uma investigação que elegeu um suspeito e foi atrás dessa hipótese acusatória e nunca abriu outros caminhos. Desprezaram todo e qualquer outro caminho que ficou evidente. Fica uma grande lição aqui para a comunidade que é, nós precisamos de uma investigação séria”, disse o defensor.

Para o dr. Adriano Brettas, a defesa a todo momento buscou esclarecer a verdade. “Não se trata do bem contra o mal, de mocinhos contra bandidos, de vilões, nada disso. São seres humanos que tem virtudes e defeitos e o que nós vimos aqui é que, o Nelvir estava ali enredado numa trama de intrigas e ninguém nega isso. De fato, ali acontecia uma série de abordagens no sentido de tirar dinheiro dele e no meio dessa situação toda, com uma pessoa emocionalmente fragilizada, financeiramente interessante, uma tragédia aconteceu”, comentou o advogado.

Dr. Adriano Brettas, que titulariza a defesa de Ademir, disse ainda que a defesa busca demonstrar que a participação dele foi de menor importância. “É isso que nós vamos mostrar perante o conselho de sentença, na expectativa de que ele sirva de reprimenda dentro da proporcionalidade na sua justa medida”, explicou o advogado.

Dr Jeffrey Chiquini afirma que o julgamento se estendeu porque a verdade foi buscada. “Depois de 3 anos, uma acusação falsa foi desmascarada, incluíram um mandante sem que ele existisse, acusaram o atirador desse caso de ter sido contratado para atirar, o que não é verdade. Foi um crime de ímpeto, de momento, um ato instintivo, um ato impulsivo daquele que exerceu um direito natural que precede o próprio estado, que é caro a todo cidadão, de defesa”, pontuou.

Dr Cláudio Dalledone Junior, advogado que encabeça a defesa do acusado de ser o mandante do crime, Nelvir Gadens, diz que o caso merecia de fato um debruçamento mais a cuidado, mais técnico. “Nós tivemos ao longo desses cinco dias uma história digna de grandes autores, digna de grandes escritores. Estamos no júri mais longo de SC, e é o júri mais longo com uma das tramas mais sórdidas discutidas nessa corte de justiça, onde nós temos os juízes da terra, os juízes do povo que vão aclamar a verdade”, finalizou Dalledone.