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Janice promove reunião para discutir soluções ao atendimento de pessoas com autismo

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Criação de um comitê regional interinstitucional é uma das soluções apresentadas

A Bancada da Grande Florianópolis se reuniu na tarde desta segunda-feira, 2, na Assembleia Legislativa, para discutir estratégias para o enfrentamento da demanda reprimida por atendimentos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na região. O encontro foi solicitado pela deputada três-barrense Janice Krasniak (Podemos) e contou com a presença de representantes dos municípios da região, do Estado e de entidades que atendem esse público.

Entre as sugestões apresentadas, estão a criação de um comitê regional interinstitucional para enfrentar essa demanda reprimida, com representantes da Educação, da Saúde, Assistência Social, Ministério Público, conselhos, universidades, famílias entre outros. 

Também foram sugeridas a criação de um protocolo que aponte às famílias como proceder e onde encontrar atendimento em caso de diagnóstico de autismo, além de um mapeamento dos serviços já existentes na região e da capacitação de profissionais para atendimento na área.

“Recebemos muitos pedidos para inclusão de alunos autistas que precisam de atendimento. A demanda está muito reprimida na região e precisamos trabalhar juntos para construir uma solução a esse problema”, disse Janice. “A falta desse atendimento especializado causa atraso no desenvolvimento das crianças, sobrecarrega das famílias e desperdiça oportunidades de inclusão.”

NÚMEROS
Não há dados precisos sobre a quantidade de pessoas com TEA que aguardam por atendimento na Grande Florianópolis. Segundo a presidente da Associação dos Amigos dos Autistas (AMA) da Capital, Daniela Steindorff, são mais de 3 mil pessoas na fila de espera.

Em São José, segundo Fabricia Martins Silva, secretária adjunta de Saúde do município, são 957 crianças no aguardo para serem atendidas no centro especializado mantido pela prefeitura. No caso do Estado, conforme Janaina Cecconi, que representou a Secretaria de Estado da Saúde (SES), não há dados referentes a toda Santa Catarina, mas só no serviço especializado mantido pela SES em Florianópolis, são mais de 3 mil crianças e adolescentes na espera.

Os participantes da reunião destacaram a complexidade da atendimento à pessoa com TEA, em função dos diferentes graus em que o transtorno se manifesta, bem como a singularidade dos casos. Apontaram, ainda, que como razões da demanda reprimida estão a falta de profissionais capacitados, a dificuldade na contratação de especialistas para a rede pública, em função da concorrência com a rede particular, além da necessidade de mais recursos públicos para entidades como as Apaes.

A reunião contou com a presença dos deputados Mário Motta (PSD) e Marquito (Psol); dos vereadores João Padilha (Florianópolis), Vitor Sodré Dias (Palhoça) e Caê Martins (São José); da presidente da Federação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Jeane Probst Leite; além de representantes das secretárias da Saúde e da Educação de capital, do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conede-SC) e da Federação das Apaes do Estado de Santa Catarina (Feapaes).