Paulo e Luiz Glinski foram responsáveis por costurar acordo de Adelmo Alberti
A banca Glinski Advogados, formada pelos irmãos Paulo e Luiz Glinski, assumiu neste sábado, 20, a defesa do ex-prefeito de Canoinhas, Beto Passos (PSD) com relação às acusações que levaram o ex-prefeito à cadeia dentro da sétima fase da Operação Et Pater Filium.
Paulo esteve com Beto no Presídio Industrial de Joinville e o tranquilizou sobre a situação de sua esposa, que na sexta-feira, 20, recebeu ordem de despejo, o que deveria ocorrer em até 24 horas. A defesa de Renato Pike tinha conseguido uma liminar no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para a esposa do ex-vice-prefeito, Mariele Gurtinski, que também tinha recebido ordem de despejo. Essa liminar se estendeu para Alessandra Figura, esposa de Beto. Ela já estava fazendo a mudança quando a ordem foi emitida, fazendo com que ela retornasse à casa comprada por Passos em 2020 ao custo de R$ 700 mil, dinheiro que, para o Ministério Público, é advindo de corrupção.
POSSIBILIDADES
Ao assumir a defesa de Passos, os Glinski se limitaram a dizer que estão estudando as acusações contra o cliente como forma de traçar a melhor estratégia de defesa. Sabe-se, contudo, que foram os Glinski que articularam a colaboração (delação) premiada de Adelmo Alberti, ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, e do ex-secretário de Administração de Canoinhas, Diogo Seidel. Por terem negociado a colaboração, ambos estão soltos.
A grande questão, ainda não muito clara, é quem Passos poderia entregar em uma eventual colaboração premiada já que, até o momento, a Justiça apontou ele e Pike como os líderes do esquema criminoso montando na prefeitura de Canoinhas. Questionado se pretende orientar Passos a fazer delação, Paulo Glinski disse que não pode comentar especificamente sobre esta questão.
