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Governança para Pequenas Empresas

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O grande objetivo é tornar a gestão mais profissional, trazendo segurança aos Stakeholders do negócio

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A Governança Corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas. É uma área da administração que trata dos relacionamentos entre sócios ou acionistas, conselhos e diretorias. Seus princípios básicos são Transparência, Equidade, Prestação de contas (accountability) e Responsabilidade Corporativa. O grande objetivo é tornar a gestão mais profissional, trazendo segurança aos Stakeholders do negócio.

O sistema é comumente visto em grandes corporações, principalmente para empresas S/A listadas em bolsa de valores. Para estas negociarem seus papeis no mercado de capital, precisam ter alinhado toda a estrutura de governança conforme os padrões estabelecidos na lei das S.A. e normas da bolsa de valores brasileira.

Contudo, os estudos não estão próximos da pequena e média empresa, se tornando uma prática de grandes corporações. Isso deve-se a estrutura burocrática necessária para constituir a estrutura de gestão pregada como “padrão S.A.” A grande questão nesse ponto é: a governança corporativa pode ser utilizada em pequenas e médias empresas? Quais as vantagens em se estruturar a gestão e criar relações de autoridade e autonomia?

Como Drucker mesmo afirmava, uma grande empresa não é a evolução de uma pequena. É uma estrutura e visões totalmente novas. Em uma empresa familiar, na qual o fundador atua desde a operação até a gestão, não faz sentido utilizar toda a estrutura robusta de uma governança comum as S.A. É inviável tanto pelo custo quanto pela energia destinada ao respeito no processo. Porém, utilizar os princípios básicos da governança corporativa no processo de tomada de decisão é recompensador no longo prazo. Vamos ao case:

Uma pequena empresa metalúrgica tem 5 profissionais, sendo o proprietário e mais 4 colaboradores. Faturamento na casa dos R$ 100 mil ao mês. O proprietário atua junto aos quatro funcionários liderando-os na produção e montagem. Ele é o responsável por atender os clientes, fazer os orçamentos, encaminhar para a produção, orientar na produção e montagem, realizar a cobrança e fazer o pagamento dos fornecedores. Essa talvez seja a rotina da grande maioria das empresas familiares no Brasil, e não há nenhum demérito nisso. Nesse sistema o empresário torna a empresa leve, rápida, e concentra as decisões. A empresa obtém lucro por essa agilidade e acompanhamento direto do líder fundador em cada etapa. Pode ser considerada uma empresa de sucesso.

Porém, muitas coisas podem acontecer no médio e longo prazo que desestabilizem ou até mesmo quebrem essa empresa. Vamos aos cenários: (i) Entrada de um concorrente com mais capacidade de entrega. (ii) Saída de um dos funcionários que seja fundamental. (iii) Ausência momentânea do líder por doença ou outro problema. (iv) E o principal problema neste cenário, o qual ocorre em empresas pequenas que estão dando certo, CRESCIMENTO NAS VENDAS! Sim, é o problema mais comum. Lembra o que foi citado acima, uma empresa grande não é a evolução de uma pequena.

Ao momento que a estrutura é exigida por mais vendas, nesse tamanho ela não consegue entregar. O primeiro movimento é contratar mais pessoal para a produção. Normalmente são pessoas desqualificados e que precisam de tempo para aprender. Com mais produção são mais compras de material, mais boletos para pagar, mais clientes para fazer orçamento, mais contas a receber, mais gente para liderar. E essas funções, até aqui, são responsabilidade do proprietário. Pronto, o caos está instaurado e a empresa começa a entregar com menos qualidade, aumenta inadimplência e aumenta o custo.

Ele pensa rapidamente e contrata um Auxiliar Administrativo para fazer os controles financeiros e rotinas administrativas. Pronto, resolvido! Não! Porque quem DECIDE ainda é o proprietário, tudo ainda passa pelo seu crivo!

Para solucionar por meio das práticas de governança é possível:

– Responsabilidade Corporativa: Formar jovens lideranças que entendam do negócio com capacidade decisória. Estes precisam saber que essa autonomia é uma RESPONSABILIDADE e não um DIREITO. No caso um líder na operação, um na montagem e um no Administrativo.

-Transparência: Os líderes jovens participarão da gestão, sabendo o que ocorre em outras áreas da empresa para gerar sentimento de engajamento.

– Equidade: Nunca o Proprietário romperá uma decisão de um líder jovem diretamente junto à equipe. Se analisar um erro, tratará isso junto ao líder jovem. Esse é o seu papel de formação. As regras estabelecidas serão cumpridas por todos, principalmente pelo PROPRIETÁRIO.

– Prestação de contas (accountability): Todos os líderes, de forma organizada, deverão prestar contas ao Proprietário por meio de indicadores, relatórios e reuniões de linha. 

Dessa forma, essa pequena empresa possui uma GOVERNANÇA aplicada, profissionalizada e pronta para novas melhorias e principalmente, para suportar o crescimento.

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