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maio

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Famílias que estavam desabrigadas após cheias do rio Iguaçu voltam para casa em São Mateus do Sul

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36 pessoas que ainda permanecem em abrigos temporários, devem retornar de forma gradativa

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Famílias de São Mateus do Sul, que estavam desalojadas e desabrigadas por conta das cheias do rio Iguaçu, finalmente estão podendo retornar às suas casas, após o nível do rio seguir recuando, depois de uma trégua nas chuvas dos últimos dias.

A reportagem do Portal RDX conversou com alguns moradores que iniciaram o trabalho de limpeza e retorno, além de contabilizarem o que foi atingido ou não pelas águas do rio Iguaçu.

A casa de Oscar Truchynski, que fica na rua Antônio Bizinelli, foi uma das primeiras a serem atingidas. Ele conta que o problema de alagamento começou no dia 11 de outubro, após um forte temporal que atingiu a região.

“O rio já tava bem cheio, e aí no feriado do dia 12 de outubro, começou a chover valendo e saiu água na rua, veio para o pátio e chegou a subir 1,05 metros, mas por sorte conseguimos tirar muita coisa e outras retiramos. Durante esse período, alugamos uma casa na Vila Nova, esperando que as águas baixassem”, conta.

No muro de uma casa na rua Antônio Bizinelli, é possível ver a altura que a água chegou/Edinei Cruz/Portal RDX

O filho de Oscar, o jovem Guilherme Pereira Truchynski, possui uma barbearia na rua Antônio Bizinelli. Para poder atender os clientes, ele teve de improvisar o atendimento em outros locais para não sair no prejuízo.

“Foram cerca de 3 semanas sem poder atender, mas aos poucos vamos retornando”, diz.

A diarista Claudete Ângelo Reis trabalha em uma casa na rua Ney Amintas de Barros Braga. Ela disse que as águas acabaram afetando o gramado plantado na calçada. Mesmo com a previsão de chuvas nos próximos dias, ela afirma ter esperança de que a partir de agora, o nível do rio se normalize.

“Limpamos a primeira vez, e agora parece que foi pior a sujeira. Por sorte não chegou a entrar lá dentro [da residência], somente na rampa. Mas a sujeira foi enorme”, afirma.

Local conhecido como Prainha do Iguaçu/Edinei Cruz/Portal RDX

Já na casa de Jacinta Karpinski e Alcindo Fernandes, a água também causou transtornos, principalmente por conta do lixo, que foi arrastado para o pátio. A moradora disse ter sofrido prejuízos em sua horta.

“Infelizmente foi muito difícil, pois tive que ficar na casa de familiares por conta das cheias. E a minha horta se acabou, as árvores estão secando, mas temos que enfrentar tudo isso, é a vida”, lamenta.

Como está o nível do rio?

A Defesa Civil do município havia informado que para garantir o retorno com segurança, a leitura da régua deveria se de 4,63 metros, que é quando as águas do rio “estão dentro da caixa”, fato constatado na medição das 6h desta segunda-feira, 13, diminuindo cerca de 1 centímetro por hora.

Ainda segundo a Defesa Civil, 36 pessoas que ainda permanecem em abrigos temporários, devem retornar de forma gradativa, já que existe um cronograma para realizar a mudança desses moradores. No interior, onde haviam 12 moradores na Escola do Turvo, todos já retornaram para suas residências.

Na medição das 13h desta segunda-feira, 13, o nível do rio chegou a 4,56 metros, com 463 metros cúbicos.

Previsão do tempo é de calor e chuva

Segundo o Simepar, o calor persiste no Paraná. O tempo fica abafado, mas, diferentemente do final de semana, haverá um aumento da instabilidade a partir desta segunda-feira, 13, na maioria das regiões do estado.

Uma frente fria evolui pelo oceano, na altura da Região Sul, alinhada a um fluxo de umidade e calor sobre essas regiões. Com isso, pancadas de chuva com trovoadas são previstas, principalmente a partir da tarde, com risco mais elevado de tempestades nas áreas mais próximas da divisa com Santa Catarina e de fronteira com os países vizinhos.

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