4 de junho de 2021
O Globo
Sob pressão de Bolsonaro, Exército livra Pazuello e põe disciplina em risco
O comando do Exército anunciou nesta quinta-feira (3) que não punirá o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuelo. Um procedimento interno apurava se Pazuello cometeu transgressão militar por ter participado de um ato político de apoio ao presidente Jair Bolsonaro em maio, no Rio de Janeiro.
A decisão foi divulgada no meio da tarde desta quinta pelo Centro de Comunicação do Exército.
Na nota, o comandante do Exército Paulo Sergio Nogueira de Oliveira analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo general Eduardo Pazuello. Segundo a nota não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado.
- Pai e filha vítimas de tragédia que se repete
- Cristo volta à capa da Economist com respirador
- Estados planejam ajuste nas contas para aderir ao novo RRF
- Estudo mapeia abordagens policiais racistas
- EUA dão destino a doação de 25 milhões de doses
O Estado de S. Paulo
Exército livra Pazuello de punição e cria desgaste entre oficiais
O comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, decidiu não punir o general da ativa Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, por ter participado de ato político em apoio a Jair Bolsonaro no Rio, o que é proibido pelas normas militares. Em comunicado oficial, o Exército tratou a manifestação do dia 23 de maio como “evento” e informou que, no entendimento do comandante, “não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar”. Entre oficiais, a decisão foi recebida com constrangimento. Generais da ativa ouvidos pelo Estadão afirmaram que o Alto Comando tem ciência de que a decisão não foi bem recebida e que gerou desgaste à instituição. Esses oficiais dizem, porém, que uma punição a Pazuello seria como uma reprimenda ao presidente. Um dos próximos casos a serem analisados pelo Exército será o de um sargento da ativa que fez reivindicações em live.
- ‘Punição existe nas Forças’
- ‘É hora de reagir, antes que seja tarde’, diz Jungmann
- Medida tem efeito na tropa
- Revogação da LSN para no Senado
- Prédio desaba no Rio e deixa dois mortos
- Laboratório já testam remédios contra covid-19
- Startups do País já atraíram US$ 3 bi em 2021
- Decisão de Salles ‘trava’ ação de Ibama de ICMBio
- Doação de vacina dos EUA frustra governo federal
Folha de S. Paulo
Após pressão direta de Bolsonaro, Exército livra Pazuello de punição
O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, aceitou a pressão e a interferência de Jair Bolsonaro e decidiu nesta quinta-feira (3) livrar o general da ativa Eduardo Pazuello de qualquer punição por ter participado de um ato político do presidente.
Oliveira acatou o argumento de Bolsonaro, Pazuello e generais da reserva que integram o governo. Para eles, o ato político no Rio de Janeiro, no último dia 23, não teve conotação partidária.
O comandante arquivou o processo aberto para investigar transgressão disciplinar por parte do ex-ministro da Saúde.
Em nota publicada no site da Força, de forma discreta e sem alarde, o Exército afirmou que “o comandante analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general”.
“Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, diz o comunicado.
- Em vídeo, ex-assessor descreve o ‘gabinete paralelo’ da pandemia
- Imunização contra outras doenças cai durante crise
- Risco de Covid em SP cresce por idade, e não comorbidade
- Araraquara vive à sombra de um novo lockdown
- Suspeito de matar gays em Curitiba nega crime de ódio
- Ricardo Nunes nomeia ex de Covas para cargo em SP
- Prédio desaba em área de milícias no Rio, matando pai e filha
- Desempregados há mais de dois anos são recorde
- Sebrae engorda caixa, mas negócios relatam dificuldade
- EUA anunciam 6 mi de doses para a América Latina