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Et Pater Filium e Mensageiro: Libera geral do fim de ano já afeta eleição

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Réus foram soltos pra passar as festas com a famílias, mas a festa que eles miram é bem outra

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COLUNA DE DOMINGO Virou e mexeu, os réus da Et Pater Filium e da Mensageiro estão todos soltos, livres e com uma carga nas costas um pouco mais leve. Os remanescentes – Luiz Shimoguiri, Renato Pike e Jocemar Freitas – foram abençoados pelo clima natalino. A Justiça achou injusto deixá-los na cadeia (no caso de Pike, no segundo Natal já) enquanto aguardam suas sentenças.

Agora, do Planalto Norte, somente Orildo Severgnini amarga cadeia. Mas ele não mais réu, é condenado. Mesmo assim, a idade avançada e a saúde frágil deve sensibilizar o coração de algum magistrado em breve.

A intenção da Justiça é promover o justo, afinal, se não há sentença, não há crime, apenas um indício, logo, não é justo, de fato, manter um detento no xilindró por 21 meses – caso de Pike. Se a Justiça demora em sentenciar, também é compreensível. Não é do dia para a noite que se constrói uma sentença. Elementos probatórios, testemunhas, depoimentos, enfim, uma sentença das mais básicas passa fácil de 200 páginas de argumentações que têm de ser muito bem fundamentadas. O juiz da comarca de Canoinhas, Eduardo Veiga Vidal, que está à frente dos processos da Et Pater Filium e parte da Mensageiro, precisa, sozinho, cuidar dos mais variados tipos de crimes – homicídios, tentativas de homicídio, violência doméstica, crimes ambientais – para além dessas operações que em termos de material produzido alcança uma fábula que passa fácil das 30 mil páginas se colocadas todas no papel.

Se a Justiça tem essa dificuldade em julgar, imagine, então, em fiscalizar para garantir que as regras estabelecidas para soltar os réus serão cumpridas. Como garantir que um réu não se aproxime de testemunhas, não ameace e, pior, se encontre com seus pares para combinar versões e ocultar provas? A gente sabe que não dá para garantir. Fica acordado que os réus cumprirão as regras à risca e que a Justiça está sendo respeitada.

A maioria dos réus está usando tornozeleira eletrônica, logo é possível saber por onde eles circulam. Mas como eles mesmos nos ensinaram, encontros fortuitos em beiras de rodovias, ruas e becos ermos e nas suas próprias casas – ou quem sabe, padarias – são o expediente seguro de quem quer praticar o ilícito.

Adelmo Alberti, que denunciou antes, assumiu seus crimes e, portanto, foi um dos primeiros a deixar a cadeia, influenciou diretamente na eleição suplementar da semana passada em Bela Vista do Toldo. Vai influenciar ainda mais na ordinária, de 2024. O acordo de colaboração premiada não permite que ele volte à política por 10 anos, mas nada diz sobre criar um preposto. Beto Passos vem seguindo a cartilha e cometeu a ousadia de tomar o partido do marido da prefeita Juliana Maciel Hoppe para entregar para um colega. Usa uma concessão pública para xingar e ofender quem bem entende. E está tudo certo.

Nos bastidores, corre a informação de que Pike já mira a eleição da Câmara na próxima terça-feira, 19. Quer alguém do seu time no cargo.

Diante disso, difícil acreditar que os réus soltos estejam preocupados em encontrar a família nas festas de fim de ano. O Natal pode até ser, mas o réveillon será para brindar com seus pares pelo ano novo cheio de possibilidades que se avizinha. É a volta por cima para eles.

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