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Em cinco meses, Canoinhas registra 11 casos de estupro de criança ou adolescente

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Santa Catarina registrou mais de 31 mil casos de violência infantojuvenil entre 2011 e 2020

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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, divulgou um informativo com dados sobre casos de violência infantojuvenil no Estado de Santa Catarina. Conforme o levantamento, em 2020 foram registrados cerca de 123,6 mil casos de violência contra crianças e adolescentes no país, enquanto em Santa Catarina, 5,3 mil jovens ou crianças sofreram violência.

De acordo com análise inédita publicada em 2021 pelo United Nations Children’s Fund, no ano de 2020, 213 crianças de até 9 anos morreram de forma violenta no Brasil e, na maioria dos casos, essas crianças morreram dentro de casa, vítimas de alguém conhecido. Os dados referentes aos 5,3 mil registros em 2020, no entanto, de acordo com a equipe responsável pelo estudo, pode não refletir necessariamente a totalidade dos casos, visto que muitas das situações podem não ser registradas oficialmente.

O método do levantamento compreende como violência contra crianças e adolescentes as notificações de todos os indivíduos entre 0 e 19 anos, estratificando por sexo (masculino e feminino), faixa etária (0-4, 5-9, 10-14 e 15-19 anos) e por tipo de violência (sexual, física, psicológica/moral, negligência/abandono, tortura, trabalho infantil/financeira e outras).

Neste sentido, o estudo apurou que, entre os anos de 2011 e 2020, 31.748 casos de violência infantojuvenil foram registrados em Santa Catarina. Destes, 18.574 (58,5%) eram do sexo feminino e 13.174 (41,5%) do sexo masculino. Cerca de 38% das violências ocorreram até quatro anos de idade, com 12.011 notificações.



PLANALTO NORTE

Os dados relativos à região do Planalto Norte, apesar de não serem os mais elevados do Estado, são suficientes para integrarem a faixa entre 150 e 250 de incidência de violências por 100 mil habitantes, chegando a marca de 162,2 casos a cada 100 mil habitantes, entre os anos de 2011 e 2020.

Dentre os tipos de violência classificados no levantamento e registrados em Canoinhas e região, a maior taxa de incidências refere-se à violência física, seguida de violência moral, violência sexual, negligência ou abandono.

Dados mais atualizados, divulgados pela Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, mostram que somente nos quatro primeiros meses de 2023, 487 casos de violência infantil foram registrados pelas autoridades catarinenses. Na comarca de Canoinhas, no ano passado, alguns casos causaram considerável repercussão na comunidade. Até o mês de maio (dado mais recente disponível), 11 casos de estupro de vulnerável já haviam sido registrados na região.

Já em dezembro, por exemplo, uma menina de 10 anos teria acionado as autoridades após ter sido assaltada enquanto ia ao mercado. O suspeito teria ainda importunado a menina sexualmente, passando a mão em seu corpo, durante o assalto.

A menina relatou as autoridades que estava andando de bicicleta, indo ao mercado, quando um homem a interpelou ordenando que ela descesse da bicicleta. Neste momento, o homem teria começado a passar mão no corpo da menina, quando viu uma nota de R$ 100 em seu bolso.

O homem teria pegado o dinheiro da menina e fugido. Várias equipes da Polícia Militar realizaram buscas pela região na tentativa de encontrar o suspeito, mas ele não foi localizado. As autoridades elaboraram boletim de ocorrência.

No mesmo mês, equipes da Polícia Civil cumpriram mandados de prisão para capturar dois homens condenados por abuso sexual de uma menina de 5 anos, sendo que eram pai e avô da criança. O pai foi localizado e preso enquanto trabalhava em uma obra no centro de Papanduva, e o avô foi encontrado pelas autoridades em uma casa no interior de Canoinhas.

De acordo com informações oficiais, os abusos por parte do pai, de 59 anos, e do avô, de 81 anos, ocorreram em 2019 em Papanduva e foram denunciados pela madrinha da menina.

A própria criança teria revelado à madrinha que, para ganhar presentes do pai e do avô, a menina sofria chantagens e era abusada sexualmente pelos dois homens.



2024

Já no início deste ano, nos primeiros dias do mês de fevereiro, equipes da Polícia Militar foram acionadas para verificar uma situação de agressão a uma criança, em Bela Vista do Toldo.

Conforme informações oficiais, autoridades se deslocaram, a princípio, até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas para verificar o caso de um menino de 6 anos que apresentava diversos ferimentos no rosto que teriam sido causados, de acordo com a avó do menino, pelo fato da criança ter caído da cama.

Os policiais constataram que o menino estava com o rosto inchado e apresentava sangue dentro do olho esquerdo. Diante da suspeita de que a situação não envolvia uma simples queda, as autoridades solicitaram que a avó saísse do quarto. Neste momento, o menino relatou que seu padrasto teria chegado em casa embriagado e o agrediu.

A avó foi confrontada pelos policiais sobre a versão que apresentou de que o menino teria caído da cama. Ela informou que apenas seguiu as ordens de sua nora, mãe da criança, que a orientou para dar essa versão porque “tinha dó do marido”.

Os policiais se dirigiram até Bela Vista do Toldo, especificamente no local de trabalho do homem suspeito da agressão. Ele recebeu voz de prisão, assim como a mãe e a avó do menino, porque teriam atuado como cúmplices no caso.

Uma conselheira tutelar ficou responsável pela criança e os três envolvidos foram encaminhados à Delegacia.

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