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Dopesick mostra que poder do capital legitima qualquer droga

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Minissérie indicada ao Globo de Ouro mostra que tudo pode ser legalizado, basta ter dinheiro e prestígio

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PODER CAPITAL

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ganhou grande destaque ao avaliar e aprovar vacinas contra a covid-19 no Brasil. O equivalente à Anvisa nos Estados Unidos é o FDA, sigla para Food and Drug Administration. A função é a mesma: proteger a saúde dos cidadãos impedindo que drogas, medicamentos e alimentos perigosos sejam comercializados no País.

A nobre missão ganhou contornos de horror nos EUA quando se desencadeou o escândalo dos opioides. A Perdue, legitimamente autorizada pelo FDA, fabricou e comercializou um medicamento com alta potência para aliviar a dor chamado OxyContin. De fato, o efeito ocorria, mas a um alto custo escondido pela Perdue e negligenciado pelo FDA. O medicamento era altamente viciante, ao ponto de formar uma legião de viciados que evoluíram para drogas ainda mais pesadas.

Tema de uma das minisséries mais aclamadas do ano, Dopesick (disponível no Star+), o escândalo fica ainda mais revoltante pela competente adaptação para a TV. A minissérie mostra a manipulação, a persuasão e a total omissão do Estado diante de uma epidemia nacional desencadeada por ganância por parte da Perdue, que estava à beira da falência quando criou o OxyContin, e do FDA, que por ser do governo, saiu ileso do escândalo.

O mais revoltante ao assistir a Dopesick é ver como inocentes formaram uma massa de pessoas como se fosse um batalhão de zumbis a serviço da droga. E pior: com total permissão de quem deveria proteger as vítimas.

Obs.: o oitavo e último episódio da minissérie que foi indicada ao Globo de Ouro estreia na próxima semana no Brasil.

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