22 de agosto de 2021
O Globo
Remessa recorde de brasileiros no exterior financia imóveis e negócios
Com real desvalorizado, expatriados enviam no semestre US$ 1,89 bi, maior volume em 11 anos
A forte desvalorização do real e a herança da crise econômica estão criando oportunidades para os brasileiros que vivem no exterior. Ganhando em dólar, euro e libra, entre outras, eles enviaram ao País no primeiro semestre deste ano um recorde de US$ 1,89 bilhão (mais de R$ 10 bilhões ao câmbio atual), maior cifra desde 2010. As remessas, além de ajudarem familiares, estão financiando a compra de imóveis e de negócios, que ficaram muito baratos nos últimos anos para quem tem renda em moeda estrangeira, relata Gabriel Shenohara.
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Folha de S. Paulo
Com ‘custo Bolsonaro’, retomada fica em xeque
Rumo errático do governo afasta investidor, pressiona dólar, aumenta custo de vida e alimenta pobreza
A instabilidade de política alimentada diariamente pelo presidente Jair Bolsonaro está onerando a economia brasileira em diferentes frentes com o que analistas passaram a identificar como “custo Bolsonaro”.
Esse ônus – que cresce conforme o presidente dá declarações golpistas, confronta outros Poderes e questiona o processo eleitoral – tem afastado investimentos estrangeiros, pressionado o dólar e alimentado a inflação e os juros, o que se reflete na dívida pública.
Essa combinação se retroalimenta e coloca em xeque a recuperação pós-pandemia, aumentando o número de miseráveis no País.
Tal quadro dificulta a reeleição de Bolsonaro, o que o leva a gastar mais em busca da popularidade perdida.
Os investimentos líquidos de estrangeiros acumulados em 12 meses caíram de quase US$ 70 bilhões, há um ano, para US$ 24 bilhões.
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O Estado de S. Paulo
Ex-presidentes consultam generais sobre risco de ruptura
Emissários ouviram de militares da ativa e da reserva que eleições vão ocorrer e o vencedor tomará posse
Preocupados com os rumos políticos do País, os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer fizeram contatos com militares para conhecer a disposição dos quartéis de acompanhar o presidente Jair Bolsonaro numa eventual tentativa de ruptura. Emissários ouviram de generais da reserva e de militares com comando de tropa a garantia de que as eleições vão ocorrer e de que o vencedor – seja quem for – tomará posse, informam Marcelo Godoy e Pedro Venceslau. Os militares externaram, porém, preocupação de que Bolsonaro tenha sucesso com as polícias militares. O risco de rompimento da cadeia de comando nas PMs está sendo monitorado pelas Forças Armadas. Os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Raul Jungmann e Aldo Rebelo são peças-chave na articulação dos ex-presidentes.
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