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Deputados de SC discutem aumento de até 40% no preço do gás e combustíveis

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Valdir Cobalchini disse que gasolina já chega a R$ 7 o litro

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Deputados destacaram a escalada de preços dos combustíveis, do gás de cozinha e nos custos de produção na sessão desta quarta-feira, 18, da Assembleia Legislativa.

“Nada mais e nada menos que 40% de aumento nos combustíveis, a gasolina já ultrapassa R$ 6 o litro. Todas as mercadorias ficaram mais caras, elevando o custo de vida da população, estrangulando ainda mais o orçamento das famílias, que sofrem com a volta da fome, o corte de salários e o desemprego”, informou Padre Pedro Baldissera (PT).

O deputado alertou para o aumento do desemprego e do subemprego; para a renda cada vez mais baixa; o fim do auxílio emergencial; e o aumento dos custos de produção por conta da alta nos preços de energia e dos combustíveis.

“As pessoas estão comprando pé-de-galinha pra fazer sopa, gente indo a açougue para comprar ossos, porque o dinheiro não dá para comprar carne de segunda”, lamentou o ex-prefeito de Guaraciaba.

Moacir Sopelsa (MDB) e Valdir Cobalchini (MDB) concordaram com o diagnóstico de Padre Pedro.

“Não sei se ninguém enxerga o momento que estamos vivendo, Padre Pedro levantou algumas questões que estamos passando, uma delas é quando se diz que inflação está abaixo de 3%, mas o gás e os combustíveis subiram mais de 50%, e se formos ver o poder aquisitivo é o mesmo ou ainda menor que antes da pandemia”.

Sopelsa chamou a atenção para o aumento brutal nos custos de produção na agricultura e na construção civil.

“Para cultivar um hectare, com toda tecnologia para produzir 180 a 200 sacas de milho, o custo era R$ 3,5 mil, agora é mais de R$ 7 mil, quero ver quanto vai custar um saco de milho o ano que vem. O custo da prestação de serviço perdeu o controle, a construção civil subiu 40% e muita coisa que precisa comprar, não existe”, completou o ex-prefeito de Concórdia.

“Estamos sofrendo isso na pele, não consigo entender o óleo diesel e a gasolina. O presidente Bolsonaro fez a troca do presidente da Petrobras, e acertou quando fez, só que a política da empresa é autônoma, não sofre influência do chefe da nação. Vejo com muita preocupação, nesse momento a autoridade do presidente tem de ser exercida na plenitude, gasolina indo para R$ 7, óleo indo para R$ 5”, enfatizou Cobalchini.

Ivan Naatz (PL) aceitou o diagnóstico, mas discordou sobre a divisão de responsabilidades pelos aumentos generalizados.

“Lá no Congresso Nacional tem um grupo de trabalho que pede alteração na carga tributária dos combustíveis, os trabalhados estão avançando, com técnicos da Fazenda, do Congresso, senadores e deputados, mas tem a resistência dos governadores, por causa da grande fatia da arrecadação dos estados”, afirmou Naatz, referindo-se ao ICMS que incide sobre os combustíveis.

Já Jessé Lopes (PSL) relativizou a descrição feita por Padre Pedro.

“O PT tirou os brasileiros da pobreza? Uma demagogia, diminuíram a régua da pobreza. O que fizeram foi endividar, deram tanta condição de empréstimos, sem dizer que no governo Dilma explodiu o desemprego em 2014”, justificou Jessé, que reconheceu o peso do ICMS no preço final dos combustíveis e recomendou aos colegas cobrar do governador os seguidos aumentos.

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