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Décima temporada de AHS debocha de Hollywood e da raça humana

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Ryan Murphy se supera mais uma vez com duas histórias aterrorizantes

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NA PRÓPRIA CARNE

Ninguém circula hoje por Hollywood sem saber quem é Ryan Murphy. O midas do cinema e da TV transforma em ouro tudo que toca. Foi assim de Glee a American Horror Stories (sim no plural, a no singular é a que me refiro nesta resenha), sua mais recém-empreitada.

Entre os tantos sucessos do roteirista, produtor e diretor está American Horror Story, agora exclusiva da plataforma Star Plus. A décima temporada da série acaba de ser concluída, desta vez, com duas histórias impressionantes. São dez episódios. Metade para cada história.

A primeira e melhor parte é uma crítica mordaz ao mundinho de Hollywood. Com referências a diretores como Quentin Tarantino (“Estava no telefone com ele”) e a atores do jet set do cinema, o segmento mostra um escritor que se muda para uma sinistra cidade litorânea desabitada por ser temporada de inverno. A ideia é ter paz e tranquilidade para que a tão cobiçada inspiração flua. Isso não acontece e ele começa a reconsiderar seu casamento (a mulher está grávida) e se a constante prática do violino por parte da filha adolescente é vocação ou fonte de irritação.

É quando a ida a um bar o apresenta a uma dupla de escritores de sucesso que, olha só, encontram experiência na cidadezinha para ganhar milhões e milhões com best sellers. Como eles são tão inspirados escrevendo aqui e eu não?”, questiona-se o torturado escritor.

A resposta vem por meio de uma misteriosa pílula preta que de um segundo para o outro explode o talento de quem a toma. Isso se a pessoa tem, de fato, talento. Do contrário, pobre coitado do desavisado sobre a própria capacidade.

O show de horrores só piora à medida que Murphy desfia um rosário de críticas ácidas ao “sucesso a qualquer custo”, algo bem habitual em Hollywood.

Na segunda parte a temporada explora um fato: indícios de presença de alienígenas documentada pelo governo estadunidense nos anos 1950. Com ex-presidentes como protagonistas a série embarca nessa história fantasiando o que aconteceria se humanos fossem usados como cobaias por aqueles extraterrestres cabeçudos e de olhos grandes que se popularizaram no imaginário coletivo.

Já na sua 10ª temporada, American Horror Story mostra fôlego e prova mais uma vez a genialidade de Murphy. Será ele o detentor das pílulas pretas da vida real?

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