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Dados sobre qualidade de vida levantam preocupações regionais

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Esta é uma coluna de opinião. Aqui você vai encontrar notas sobre bastidores da política regional e estadual, além de artigos que expressam a opinião do colunista.

Canoinhas, que obteve melhor desempenho, está na posição 107 no Estado

DADOS

COLUNA DE DOMINGO A cidade de Canoinhas desponta como a que apresenta melhores condições de qualidade de vida no Planalto Norte Catarinense. É o que aponta o Índice de Progresso Social (IPS), que mede a qualidade de vida nos Estados brasileiros. O levantamento aponta que Monte Castelo tem os piores indicadores da mesma região conforme mostrou o JMais no domingo passado.

No ranking estadual, Canoinhas aparece na posição 107 (são 295 municípios), o que mostra que se a melhor cidade do Planalto Norte em termos de qualidade de vida tem 106 cidades à frente é porque as coisas não estão tão bem assim.

O cálculo leva em conta a renda per capita de 2021, último ano com dados disponíveis. Os dados de 2022, que deveriam ser divulgados no final do ano passado serão revelados somente no final deste ano, junto com os dados de 2023, o que permitirá refazer o cálculo que, pode melhorar ou piorar a posição.

Ainda restringindo-se ao Planalto Norte, Monte Castelo ocupa a posição 280, ou seja, a apenas 15 posições da pior condição do Estado. Canoinhas, evidentemente, é uma cidade mais desenvolvida do que Monte Castelo, mas há pontos em comum, como a falta de indústrias e problemas de mobilidade. Com exceção de Mafra, Porto União e Três Barras, a baixa industrialização é um problema regional, fruto da exploração de recursos naturais que julgou-se infinitos e pouca modernização da indústria. De modo geral, não existe notícia boa para a região. Os dados mostram um alerta de que precisamos melhorar. E isso só se faz com avanço em políticas públicas, principalmente estaduais (alô, Jorginho) para proporcionar a regiões periféricas condições minimamente próximas do que se vê no litoral. Isso, invariavelmente, passa por um indústria forte, capaz de melhorar salários e impulsionar o crescimento. Explico: indústrias fortes, como o caso da Mili e da Smurfit WestRock, em Três Barras, geram riqueza para ela, seus funcionários e ao Município por meio de impostos. Aumenta a arrecadação da prefeitura e, consequentemente, o prefeito de turno faz mais em favor da qualidade de vida da população.

Ainda focando em Três Barras, a prefeita Ana Claudia Quege (MDB) viabilizou uma série de inaugurações recentes, uma praça linda no acesso à cidade e patrocinou 2 mil exames médicos de uma só vez com dinheiro que veio, em pequena parte dos dutos políticos do governo e em grande parte de recursos próprios, fruto de impostos. Não existe mágica: com mais arrecadação e um mínimo de competência, qualquer gestão será bem-sucedida com recursos.