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Com história enxuta, Um Homem Decente se mantém intrigante

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Divisão em apenas seis episódios ajuda

UM HOMEM DECENTE

A HBO Max tem entre suas vantagens oferecer conteúdo produzido fora do circuito estadunidense. A própria HBO incentiva a produção na Europa, Ásia e América Latina através de subsidiárias. A Netflix também veicula conteúdo do mundo todo, porém, são produtos comprados prontos. A HBO produz toda a obra desde o início como fez com O Negócio, que teve várias temporadas de sucesso e foi feita no Brasil. Pico da Neblina e, pra ir mais longe, Mandrake, estão entre outras produções brasileiras da HBO.

Recentemente o serviço disponibilizou uma produção polonesa de alto nível. Trata-se de Um Homem Decente. Com um enredo intrigante e cheio de camadas, a série curtinha, feita de seis episódios relativamente curtos, consegue permanecer relevante até o desfecho.

Ambientada em Varsóvia, a produção retrata o cotidiano de uma família de classe alta, onde conforto e status social escondem fragilidades humanas profundas. O enredo gira em torno de Paweł, um respeitado cirurgião cardíaco que, após um acontecimento traumático com seu filho, toma uma atitude impensada que altera para sempre o curso de sua vida. O filho, cujos problemas ele conhecerá adiante, apanha violentamente de um colega na escola. Fica com o rosto irreconhecível de tantos hematomas.

Paweł fica ensandecido e, na ânsia pela Justiça, decide agir por conta própria. Em um ato praticamente involuntário, ele sequestra o agressor do filho.

O que parece uma premissa previsível surpreende pelo rumo que a história toma, desde a relação meio síndrome de Estocolmo entre sequestrado e sequestrador até a relação inesperada que os pais do menino agredido passam a ter com a mãe do agressor.

É uma série que trata, sobretudo, da natureza humana, de suas nuances e atitudes inesperadas. Foge do maniqueísmo e por isso é tão interessante. Vale cada episódio.