Muita sujeira provocada pela cheia, famílias contabilizando perdas e retirando móveis danificados de suas casas
O rio Iguaçu já recuou mais de um metro do pico da sua cheia ocorrido no dia 20 de outubro, quando atingiu 8,38 metros. Na manhã desta terça-feira, 14, segundo o monitoramento hidrológico da Copel com leitura realizada às 9h, o rio está com 7,30 metros em União da Vitória.
Com a água baixando e famílias começando a limpar e retornar para suas casas, outro problema aparece, a contabilização dos estragos e perdas.
Basta passar por regiões onde a água atingiu as casas para se deparar com um cenário de destruição. Além da sujeira e do lodo provocado pela cheia, ainda muitos móveis e pertences destruídos por ficarem semanas embaixo d’água, estão sendo colocados nas calçadas das casas.
Melina Moreira moradora do bairro São Bernardo, ainda não conseguiu retornar para casa, mas já contabilizou a perda de guarda-roupas, jogo de cozinha e cômoda. “Conseguimos tirar bastante coisa, mas não esperávamos que a água fosse subir tanto”, explicou a moradora.
Ela ainda falou sobre o sentimento de impotência ao ver seus pertences perdidos. “É um sentimento de impotência, tristeza, desânimo. Ver que tudo que você batalhou, trabalhou, comprou e escolheu com carinho foi literalmente por água abaixo. Cada coisinha que temos dentro tem uma história. Foi escolhido com cuidado para fazer parte, e do nada… tudo na água”, relata emocionada.
A Prefeitura de União da Vitória retornou com a limpeza das ruas na manhã de segunda-feira, 13. Uma equipe composta pela Prefeitura, Sanepar e Exército realizam a lavagem das ruas. Ainda outras três equipes trabalham na retira de entulhos. O trabalho foi interrompido devido à chuva por volta das 9h30. As equipes devem retornar assim que o tempo melhore.