27 de junho de 2021
Folha de S.Paulo
Oposição quer usar prevaricação em novo pedido de impeachment
O depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid sobre a atuação do presidente Jair Bolsonaro ao ser alertado de supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin deu um novo impulso ao superpedido de impeachment articulado por partidos da oposição e desafetos de Bolsonaro.
De acordo com os relatos de Miranda, o presidente, ao ser informado sobre o caso, disse que pediria investigação da Polícia Federal. Porém a corporação não encontrou registro de nenhum inquérito aberto.
Para opositores de Bolsonaro, essa postura enquadraria o presidente em suposto crime de prevaricação. Ou seja, ele teria deixado de praticar algum ato para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
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O Estado de S.Paulo
Ações de Bolsonaro buscam ampliar seu apoio entre policiais
Isenção de IPI na compra de automóveis, crédito imobiliário e promessas de uma nova lei orgânica da Polícia Militar e da Polícia Civil para esvaziar o poder dos governadores. Essas são medidas com as quais o presidente Jair Bolsonaro busca garantir apoio dos policiais para sua campanha à reeleição em 2022, informam Vinícius Valfré e Felipe Frazão. Bolsonaro também nutre planos de politizar e aumentar a representatividade das forças estaduais no Congresso. Um de seus interlocutores nesse campo é o deputado Victor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo na Câmara. Na mira de Bolsonaro estão nomes influentes da área que já deram demonstrações públicas de apreço ao presidente, como o comandante-geral da PM do DF, coronel Márcio Vasconcelos, e o comandante da Academia da PMDF, coronel William de Araújo. No governo, Bolsonaro espalhou policiais em áreas técnicas, em núcleos que fomentam a narrativa política e ideológica nas redes e até em postos que exigem interação com a CPI da Covid.
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O Globo
Centrão tem cargos estratégicos na gestão da pandemia
Políticos do Centrão, grupo que integra a base aliada do presidente Jair Bolsonaro, controlam áreas estratégicas para a compra de vacinas no Ministério da Saúde. Um exemplo é o Departamento de Logística (DLOG), responsável por um orçamento bilionário e onde, segundo relato do servidor de carreira Luis Ricardo Miranda, lotado neste setor, ocorreu pressão para a importação em tempo recorde da vacina indiana Covaxin, a mais cara entre todas as contratadas pela pasta.
Crise hídrica já eleva custos e freia negócios
Ecko comandava 80 policiais em sua milícia