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Celular em micro-ondas, dinheiro na cueca e ameaças na sauna: as curiosidades da Et Pater Filium

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Operação completa dois anos sem indícios de que acabou

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No dia 31 de julho de 2020, uma rumorosa operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço armado do Ministério Público (MPSC), fez busca e apreensão em vários endereços de Major Vieira. Treze dias depois, já na segunda etapa da operação Et Pater Filium, o prefeito da cidade, Orildo Severgnini (MDB) seria preso junto com o filho, Marcus Vinicius. De lá pra cá, de tempos em tempos, a região treme com novas prisões e cumprimento de mandatos de busca e apreensão.

Em oito fases, a operação já prendeu os prefeitos de Bela Vista do Toldo e Canoinhas, além de secretários, vereador e empresários. No total, 26 pessoas foram presas desde a deflagração da primeira fase.

Em meio a tudo que já se noticiou sobre as colaborações premiadas, denúncias, sentenças e prisões, muitas curiosidades que beiram roteiro de filmes de gângsteres foram colecionados ao longo destes dois anos. Alguns deles você relembra abaixo:


DINHEIRO NA CUECA

Alberti coloca propina na cueca em gravação monitorada pela Polícia

Já se transformaram em icônicas as imagens do ex-prefeito de Bela Vista do Toldo colocando um envelope com R$ 10 mil na cueca. O flagrante foi armado pelo empresário que pagou propina ao então prefeito para vencer licitações na área de iluminação pública.





ENIGMA

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Pouco antes de ocorrerem as prisões da sétima fase da operação Et Pater Filium, um mendigo rondava a prefeitura com olhar triste e vazio. Nada pedia, pouco olhava e passava indiferente aos transeuntes. Um ou outro percebeu desinteressadamente seu peculiar interesse por chafurdar papéis nas lixeiras.

Com Beto, Pike e Diogo Seidel presos, ninguém mais viu o enigmático mendigo.




GLÓRIA!

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No dia 28 de março deste ano, um grupo de mais ou menos 40 homens de trajes sociais deu entrada em um pequeno hotel em Papanduva, às margens da BR-116. A incomum chegada em bando fez com que o gerente do hotel questionasse o porquê da hospedagem. Ouviu que um congresso evangélico ocorreria em Papanduva no dia seguinte e todos estavam ali para louvar a palavra do Senhor.

Tamanha foi a surpresa do gerente ao ver, às 5 da manhã do dia seguinte, os 40 “evangélicos” deixando o hotel com roupas pretas, armamentos e a insígnia do Gaeco embarcando em seus veículos igualmente pretos em direção a Canoinhas. Começava ali o desfecho da sétima fase da Operação Et Pater Filium.


CELULAR NO MICRO-ONDAS

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No desespero, ao ver o Gaeco chegando em seu apartamento, o ex-secretário de Administração de Canoinhas, Diogo Seidel, colocou seu celular iPhone no micro-ondas e ligou o aparelho. O azar dele foi ter justamente um iPhone, bem mais difícil de destruir.



LIGAÇÕES INTERNACIONAIS

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Tanto o celular de Diogo quanto o do ex-vice-prefeito Renato Pike, tiveram ajuda internacional para que mensagens antigas fossem recuperadas. Somente EUA e Israel detêm a tecnologia para recuperar conversas de iPhones.




CELULAR NA GELADEIRA

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Todos os envolvidos na operação tinham verdadeiro pavor de serem gravados. Ao tratar do esquema, a primeira atitude era mandar os interlocutores desligarem os aparelhos. Pike e Diogo chegaram ao extremo de pedir que o empresário delator Rodrigo Dams entregasse seu celular para ser colocado em um frigobar que fica na sala do prefeito.




AFRODISÍACO

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Ao comemorar ter vencido mais uma licitação com fortes indícios de fraude, Claudinei Ribeiro, o Baixinho, então secretário de Adelmo Alberti, mandou mensagem cujo print consta na denúncia para “Meu Tesão”.



NOVELA MEXICANA

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Amanda Suchara, funcionária da prefeitura de Canoinhas apontada como um dos elos do esquema, inicialmente, segundo Alberti, era amante de Cochask. Mas ela teria provocado a discórdia ao se envolver amorosamente com Dembinski, gerando atrito entre os dois.

Cochask teria ameaçado entregar o esquema e, para calá-lo, Dembinski teria aceitado pagar R$ 100 mil para escapar da chantagem.

Amanda, por sinal, ganhou liberdade provisória, mas voltou para a cadeia ao ameaçar ex-colegas de trabalho.





ÍNTIMOS

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Era comum os participantes do esquema usarem termos como “tô com saudade” ou “por que você tá reinando?” para se dirigir aos demais interlocutores. Empresários participantes do esquema eram chamados de “secretários” para despistar. Passos, por exemplo, dizia que se encontraria com a secretária de Saúde quando na verdade ia ver Joziel Dembinski.




NO CALOR DA SAUNA

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A sauna de um clube da cidade era ponto comum de conversas escusas entre os participantes do esquema. Foi lá que Renato Pike teria ameaçado abertamente um empresário.





APAGO AQUI MESMO

Reprodução do processo

Um dos mais nervosos, o sobrinho do então vice-prefeito Renato Pike, Adoniran Borba Fernandes, encontrou um empresário que vinha causando problemas para o tio em um bar. Ele mandou foto do desafeto para Pike acompanhada da mensagem: “Apago aqui mesmo”.




DESCONFIANÇA

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Os interlocutores do esquema sempre se reuniam em locais ermos, como o caso do acostamento de uma rodovia. Certa vez um funcionário de uma empresa que fica próximo de um destes locais recebeu uma ligação de Nilson Cochask, então secretário de Obras, para saber se tinha alguma câmera na empresa voltada para a rua. Ele disse que não, mas ficou encucado com aquilo. Veio a operação e a resposta que ele esperava.










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