SC conta com 879 alunos identificados com superdotação ou altas habilidades
ALTAS HABILIDADES
A falta de capacitação para o diagnóstico de estudantes com superdotação ou altas habilidades foi um dos apontamentos feitos pelos participantes de audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa. O encontro, promovido pela Comissão de Educação e Cultura da Alesc, tratou do atendimento prestado pela rede escolar a alunos com essas características.
Pessoas com superdotação ou altas habilidades são aquelas reconhecidas com maior capacidade e velocidade de aprendizado. A audiência, proposta pela deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação, buscou apontar os principais problemas para o atendimento desse público nas escolas.
Durante mais de duas horas, pais, professores, educadores e especialistas na área abordaram esses problemas. Além da necessidade de capacitação para o diagnóstico correto das altas habilidades e da superdotação, os participantes também elencaram como desafios mudanças na legislação que trata do assunto e mais investimentos na estrutura escolar destinada ao atendimento desse público.
Ao final do encontro, Luciane apontou como encaminhamento principal a elaboração de um planejamento com base nas prioridades elencadas na audiência, com a presença de vários órgãos, como as representações dos alunos com superdotação e altas habilidades, governo estadual, municípios, Ministério Público, universidades, entre outros.
“Hoje foi uma noite de aprendizado”, disse Luciane. “O diagnóstico errado talvez seja um dos problemas mais graves. Agora, com base no que foi apresentado, vamos sentar para construir um planejamento que aponte o que será prioridade.”
O deputado Fernando Krelling (MDB), que coordena a frente parlamentar da Alesc sobre o assunto, afirmou que o grupo atuará em conjunto com a Comissão de Educação para tratar das questões levantadas na audiência. “Identificamos várias situações, e ficou claro que se não houver investimento público na capacitação, vamos chover no molhado”, afirmou.

Dados de 2024 apontam que num universo de 1,8 milhão de estudantes em Santa Catarina, 2.836 foram identificados como superdotados ou altamente capacitados. Esse número, no entanto, pode estar subestimado.
“Quem tem que identificar os alunos com superdotação é a escola, mas não é isso que acontece”, disse Ludmille Garcia de Almeida, presidente da Associação Catarinense para Altas Habilidades e Superdotação. Ela apontou a necessidade de capacitação multidisciplinar e de busca ativa, além de relatar dificuldades para acessar a estrutura disponível para o atendimento desse público. “O que tem não está sendo suficiente, ou sendo ineficiente. Ou os recursos são poucos ou não estão sendo aplicados”, completou Ludmille.
A canoinhense Francine Beluk, do Movimento Superdotação no Mapa, participou da audiência e afirmou que os núcleos para atendimento são poucos e em locais específicos, e as escolas particulares se esquivam de qualquer obrigação. “Esses alunos precisam de atendimento com equidade, pois as adversidades que enfrentam vem da falta de respeito com o ritmo de aprendizado, falta de oferta de atividades e conteúdos desafiadores, falta de diálogo sobre as regras e falta de acolhimento a suas intensidades e sensibilidades”, completou.
A presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Jeane Probst Leite, afirmou que o trabalho desenvolvido com esse público em Santa Catarina segue as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação. Ela reconheceu a necessidade de capacitação, mas afirmou que a fundação tem investido nessa área.
O representante da Secretaria de Estado da Educação (SED) na audiência, Anderson Floriano, informou que a rede estadual conta com 879 alunos identificados com superdotação ou altas habilidades. Ele destacou a importância da formação dos professores e da capacitação continuada. “Ferramentas nós temos, temos um currículo rico para a aplicação dessas metodologias, mas precisamos formar nossos professores”, destacou.
SOBRE O UNIVERSIDADE GRATUITA
Depois do escândalo revelado pelo Tribunal de Contas do Estado, a cada dia novas revelações surpreendem sobre as fraudes no programa criado para estudantes carentes. Um detalhe apontado por um estudante de Medicina que não é contemplado pela bolsa revela que dificilmente não há fraude entre os beneficiários do programa que cursam Medicina, ao menos. Isso porque, para poder assinar o contrato com a universidade, é necessário comprovar renda que supere em duas vezes a mensalidade ou quitar à vista. “Como é que as pessoas que preenchem estes requisitos vão se enquadrar em hipossuficiência? Mesmo sabendo do critério mais elástico no caso dos cursos de Medicina, isso não cola”, argumenta. Hoje a mensalidade do curso de Medicina gira em torno de R$ 10 mil.
NOTEBOOKS

A Secretaria Municipal de Educação de Major Vieira comprou 30 notebooks para as escolas, com o objetivo de oferecer melhores condições de ensino e aprendizagem, promovendo o uso de tecnologias educacionais no ambiente escolar.
Os equipamentos serão utilizados nas aulas do projeto de tempo integral, especialmente nas atividades de informática, bem como nas demais atividades da escola.
POSTO

A prefeitura de Canoinhas rescindiu o contrato com a empresa responsável pela construção de uma calçada no posto de saúde da Cohab I. A informação foi trazida pelo presidente da Câmara, Marcos Homer (PL), que explicou durante a sessão da Câmara de segunda-feira, 9, que a empresa abandonou a obra, comprometendo a melhoria da acessibilidade no local.
Homer destacou que, apesar da tentativa da empresa de reverter a decisão na Justiça, as justificativas apresentadas pelo fiscal da obra foram suficientes para que o pedido fosse negado. Ele também anunciou que a Prefeitura irá emitir uma declaração de inidoneidade para a empresa, o que a impedirá de participar de futuras licitações. “Essa é uma medida séria que precisamos tomar”, afirmou Homer.
POSTO 2

A discussão sobre a paralisação da obra começou com o vereador Césão do Taxi (MDB), que mostrou fotos da situação de abandono da obra. Homer concordou, enfatizando que empresas que não cumprem seu papel não devem continuar atuando no município. “O que é ruim tem que chispar do município”, complementou.
O vereador André Flenik (PL) elogiou a equipe de engenheiros da prefeitura, ressaltando a importância de uma fiscalização rigorosa. “Se não tivéssemos uma fiscalização adequada, a população poderia sofrer prejuízos”, disse Flenik.
A vereadora Kátia Oliskowski (Rep) também trouxe à tona a questão do acesso em várias unidades, que estão sendo melhoradas, mas que ainda enfrentam desafios. Ela lembrou que essas estruturas são essenciais para a prestação de serviços à comunidade. Kátia informou que a rescisão do contrato ocorreu após a empresa realizar apenas 16% do trabalho previsto.
Por fim, o vereador Jocimar Jubanski (PP) abordou a questão dos prazos legais e a morosidade que muitas vezes caracteriza os processos administrativos no serviço público, ressaltando a importância de respeitar esses trâmites legais.
NOMEADO
Sebastião Lorena foi nomeado pelo prefeito de Bela Vista do Toldo, Carlinhos Schiessl (MDB), para o cargo de secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos.
NOMEADA
A prefeita de Três Barras, Ana Claudia Quege (MDB), enfim, concluiu sua equipe de primeiro escalão. A enfermeira Cristiane Aparecida Hoffmann Lechinheski assumiu o cargo de secretária de Saúde.
LIXO NAS RUAS
De autoria do deputado Marcius Machado (PL), foi aprovada na Assembleia, nesta semana, a Lei 19.294/2025, que altera o Código Estadual Ambiental para incluir a proibição da disposição ambientalmente inadequada de resíduos sólidos em rodovias, ruas, praças, praias, parques e demais logradouros públicos no território catarinense. A normativa também estabelece multa de R$ 500 para quem for flagrado jogando lixo nas vias públicas.
O objetivo, conforme o autor, é conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo despejo irregular de resíduos. “Em outros países, há multa e até prisão para quem joga lixo na rua, mas infelizmente aqui não temos essa previsão. O lixo, com a chuva, vai para lugares inadequados, entope bueiros e causa uma série de problemas para a população.”