Monte Castelo tem as piores condições na região
A cidade de Canoinhas desponta como a que apresenta melhores condições de qualidade de vida no Planalto Norte Catarinense. É o que aponta o Índice de Progresso Social (IPS), que mede a qualidade de vida nos Estados brasileiros. O levantamento aponta que Monte Castelo tem os piores indicadores da mesma região.
Para a prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel Hoppe (PL), “isso é resultado de uma gestão formada por uma equipe que cuida das pessoas, com trabalho sério, responsabilidade e compromisso com cada canoinhense. E as pessoas sentem – por isso, fui reeleita. A confiança vem quando o trabalho é feito com amor, e é assim que a gente trabalha: pensando em cada pessoa, em cada família. Tenho como prioridade a qualidade de vida de cada cidadão canoinhense, de cada família que vive aqui; seja na cidade ou interior. Um exemplo disso? O número de médicos nos postos de saúde: antes eram 9, hoje são 25. Isso é cuidar das pessoas de verdade! Quando a gestão é limpa e honesta, o recurso público chega onde precisa.”
O índice analisa o desempenho social e ambiental de territórios, considerando 57 indicadores de órgãos oficiais e de institutos de pesquisa. Ele é feito em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades, que englobam 12 componentes como alimentação, moradia, saneamento, segurança pessoal, acesso à educação e qualidade do meio ambiente. Esta é a segunda edição do índice.
Desenvolvido através de uma parceria entre o Imazon, Fundação Avina, iniciativa Amazônia 2030, Anattá, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative., o IPS Brasil é baseado exclusivamente em dados públicos e atualizado anualmente. A ferramenta permite acompanhar tendências e medir a efetividade de políticas públicas em tempo real.

O relatório mostra que apesar de avanços graduais, os desafios para garantir qualidade de vida à população brasileira permanecem grandes e desiguais no país. Mesmo Canoinhas obtendo o melhor desempenho da região, todas as notas ficam na classificação neutra, ou seja, não são ruins, mas também não são bons (veja os resultados por cidade clicando aqui). Pelo segundo ano consecutivo, o pequeno município de Gavião Peixoto, localizado no interior de São Paulo, recebeu a melhor classificação do Brasil com a nota de 73,26 em uma escala que vai de 0 a 100. A segunda colocação ficou com Gabriel Monteiro (SP) , seguido de Jundiaí (SP). Dos 10 municípios mais bem colocados, sete são paulistas.
A construção do IPS Brasil 2025 segue uma metodologia rigorosa baseada no padrão internacional do índice, segundo a organizadora. A escolha dos 57 indicadores usados no cálculo obedece a critérios como relevância social ou ambiental, foco em resultados, uso de dados públicos e confiáveis, atualizados e disponíveis para, pelo menos, 95% dos municípios do país. Cada dado passa por uma modelagem estatística detalhada, que inclui normalização, verificação de qualidade, definição de valores de referência e aplicação de pesos definidos por Análise de Componentes Principais (ACP). O resultado final é um índice que varia de zero (pior cenário) a 100 (melhor cenário), refletindo a média simples dos desempenhos nas três dimensões do progresso social. As fontes utilizadas vão de bases consolidadas como DataSUS, CadÚnico e Anatel até iniciativas como o MapBiomas e o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde.
Diferentemente de índices econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o IPS mede diretamente resultados sociais e ambientais, funcionando como bússola para gestores públicos, investidores sociais e organizações da sociedade civil. “O IPS permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por indicadores econômicos. Municípios com PIB semelhante apresentam, muitas vezes, desempenhos muito distintos no índice, o que reforça a importância de políticas públicas voltadas ao bem-estar social de forma integrada. Com o IPS, é possível identificar onde as políticas públicas estão funcionando e onde é necessário intervir com mais urgência. Ele transforma dados complexos em um retrato claro e comparável entre municípios e estados”, afirma Melissa Wilm, coordenadora do IPS Brasil.
ESTADOS
Santa Catarina ficou em terceiro lugar no ranking dos Estados. O estudo destaca que os melhores resultados nas dimensões Necessidades Humanas Básicas e Fundamentos do Bem-estar estão concentrados nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste, o que inclui Santa Catarina. Além disso, os componentes com maiores pontuações médias — como moradia e saneamento — também apresentam seus melhores desempenhos nas regiões Sul e Sudeste.
O município de Luzerna, no Meio-Oeste catarinense, aparece entre os 10 melhores do país no ranking de cidades, com uma nota de 70. Outro destaque é Joinville, que figura entre os 10 municípios com mais de 500 mil habitantes com melhor desempenho no IPS, com nota de 67,7. Já Florianópolis aparece em oitavo lugar entre as capitais, com pontuação de 67,91.
Veja os desempenhos dos Estados:
