Prefeito também rebateu fala da deputada estadual Paulinha em entrevista ao JMais
O Município de Canoinhas lançou na manhã deste sábado, 5, dia do Meio Ambiente, um programa de troca de material reciclável por produtos orgânicos comercializados no Mercado Público Municipal de Canoinhas. Trata-se do programa Moeda Ouro Verde, que permite a troca de recicláveis por um cartão que dá direito a alimentos comercializados no Mercado Público.
O material, que pode variar de ferro, latas de alumínio, papel, papelão, isopor, plástico em geral e embalagens tetra pak deve estar devidamente limpo. Cada pessoa pode trocar até 50 quilos de material por dia. Ela receberá um cartão que pode ser trocado pelos alimentos comercializados no Mercado Público. O ponto de coleta será a praça ao lado do Mercado Público sempre as quartas e sábados da primeira e terceira semana do mês, das 8 horas ao meio-dia. “Era um sonho desde que entrei nesse cargo”, comemorou o secretário do Meio Ambiente, Agostinho Machado.
Vice-prefeito Renato Pike (PL) enalteceu o fortalecimento da agricultura familiar, uma das virtudes do programa. Ele destacou também que foi o governo Passos que concluiu a obra do Mercado Público, que se arrastou durante anos desde o governo Beto Faria (MDB).
ATAQUES
Ao enaltecer as virtudes do programa Moeda Ouro Verde, prefeito Beto Passos (PSD) aproveitou para atacar a oposição e criticou fala da deputada estadual Ana Paula Silva (sem partido). “O nosso governo é inovador, de situações inéditas, que fazem a diferença na vida do cidadão. Esse é um projeto de cidade grande. Teve uma deputada que falou que Canoinhas é uma cidade pequena. Quero dizer que Canoinhas é uma cidade grande e arrojada”. Ele se referia a entrevista concedida pela deputada Ana Paula Silva, conhecida como Paulinha, ao colunista do JMais, Edinei Wassoaski, veiculada na quinta, 3. Na entrevista a deputada o criticou por ser contra a publicação da lista de vacinados contra a covid-19 em Canoinhas.
Na sequência Passos mirou nos vereadores de oposição, que acompanharam a deputada sem partido durante a visita na quarta-feira, 2, sempre sem citar nomes. “Aquelas pessoas nem pra limonada servem. Passou do prazo de validade. Se nós fossemos dar bola pra esse povo não teríamos a praça bonita como temos hoje, porque na época deles a praça era esconderijo pra bandido. Temos de fazer as obras da Saúde da Educação, mas temos de pensar que o povo precisa se divertir. Tem de ter esportes, lazer, tem de ter vida”, disse sem se referir diretamente à licitação que prevê gastos da ordem de quase meio milhão de reais com a compra de nova iluminação para o Estádio Ditão, que vem sendo combatida pela oposição.
Ele citou ainda o que fez no Parque de Exposições Ouro Verde – “tornamos habitável” – e da abertura do calçadão da rua Felipe Schmidt. “Se formos dar bola para essa limonada podre não faremos as coisas por Canoinhas. A abertura do calçadão permitiu que o trânsito fluisse melhor e a cidade ficou mais bonita”, afirmou, lembrando ainda do cartão que será lançado em breve para ser entregue a famílias hoje beneficiárias dos sacolões entregues pela Assistência Social do município. “As famílias carentes vão poder comprar o que mais precisam em 12 supermercados do Município. Antes o cidadão tinha de atravessar a cidade com uma cesta básica nas costas pra mostrar que o Município estava dando algo pra ele”. Segundo o prefeito, R$ 480 mil devem ser investidos no programa.
Encerrou afirmando que se for ouvir todos que dizem que “não vai dar certo”, nada será feito pelo Município. “A oposição que tentou atrapalhar as coisas no passado viu que o povo não os aprovou nas urnas”, concluiu, chamando-os de “engenheiros de obras prontas, não servem pra nada”.
Disse ainda que se ele continuar assim, sugerindo que está fazendo muitas obras em benefício do Município, “tem gente que vai ter de escolher outro lugar para morar. Porque de azedume já estamos cheios”.
