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Água: um bem natural de todos e para todos

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Embora 75% da superfície do Planeta Terra seja coberta por água, menos de 3% equivalem a água doce acessível e disponível

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Mauro Acir Fretta*

Aline Viancelli, William Michelon e Jairo Marchesan**

 

 

A água é um bem natural vital para a sociedade humana e todas as formas de vida. Em 22 de março celebramos o Dia Mundial da Água, instituído pelas Nações Unidas no ano de 1992 com o intuito de divulgar a importância, promover o debate e a conscientização sobre o uso racional e adequado desse bem natural fundamental. Logo, inúmeros motivos justificam a necessidade urgente de conscientizar todos sobre o uso adequado e a preservação desse bem, afinal, é um bem natural limitado, e, se não administrado ou gerenciado corretamente, bem como, negligenciado, logo estará escasso e pode comprometer as formas de vida.

 

 

 

Embora 75% da superfície do Planeta Terra seja coberta por água, menos de 3% desse volume equivale a água doce acessível e disponível. Essa água está presente em lagos, rios, lençóis freáticos e atmosfera. A situação se agrava quando essa pequena porcentagem é utilizada crescentemente.

 

 

 

Estudos técnicos e científicos apontam para crises hídricas em muitas regiões do Planeta. Prova disso é que muitos países já enfrentam e convivem com tal situação, por isso, cresce a pressão e a necessidade pela boa gestão e usos racionais da água.

 

 

E, qual a situação das águas no Brasil e para o futuro? Este não é mais o país que há centenas de anos deixou europeus extasiados ao observarem a abundância da água.

 

 

 

Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, estima-se que nosso país tenha cerca de 12% da disponibilidade de água doce do Planeta, no entanto, a distribuição desse bem natural não é equilibrada. Ou seja, a região Norte, por exemplo, concentra cerca de 70% da água disponível no país e possui aproximadamente 9% da população brasileira. Por outro lado, as outras regiões possuem cerca de 90% da população, e aproximadamente 30% das águas do país.

 

 

 

A região Sul do país é contemplada com expressivo volume de água, tanto superficial, quanto subterrânea, bem como, um elevado índice de precipitação pluviométrica. A região é formada por diversos rios e lagos, responsáveis pelo abastecimento das cidades. A captação de água para as cidades se dá majoritariamente por águas superficiais, principalmente dos rios.

 

 

 

A maior parte das cidades regionais é abastecida pelas águas superficiais (rios), e transportada para as estações de tratamento através de bombeamento e estações de recalque. No entanto, somos totalmente dependentes das condições climáticas para termos disponibilidade de água. Recentemente passamos por períodos de escassez hídrica, resultando em um cenário em que os níveis de água dos rios ficaram muito abaixo do normal, exigindo a implantação de medidas alternativas de abastecimento.

 

 

 

 

O uso consciente dos bens naturais, especialmente das águas, vai além da economia doméstica ou em nossas residências, devemos começar com a correta preservação dos rios e lagos, respeitando as matas ciliares, não poluindo os rios e preservando os bens naturais primários (fauna, flora e solo). Outra possibilidade, é efetuarmos o reaproveitamento da água das chuvas, bem como reutilizar a água de nossas residências, sejam para usos nas instalações sanitárias ou para a higienização de pisos e calçadas.

 

 

 

 

A frequente falta de chuvas e temperaturas elevadas exigiu a necessidade de armazenamento de água das chuvas por meio de cisternas. É uma tecnologia social, prática, relativamente econômica, viável regionalmente e pode ser utilizada tanto na área rural quanto urbana. Afinal, com o aumento da produção agropecuária nas áreas rurais, houve crescente demanda de água, considerando que as fontes e córregos não supriram a necessidade.

 

 

 

 

O consumo sustentável é uma questão de responsabilidade de cada pessoa, mas, acima de tudo, deve ser um dever coletivo. É preciso urgentemente rever nossos conceitos, hábitos e comportamentos para economizar água, fazer a boa gestão, para que todos possam ter água em quantidade, qualidade e sempre. De qualquer modo, todo temos direito a água, porém, todos, também, somos responsáveis por práticas adequadas e sustentáveis nos usos desse fundamental bem natural.

 

 

 

Mauro Acir Fretta é mestrando no Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental da Universidade do Contestado (UnC)

 

Aline Viancelli; William Michelon e Jairo Marchesan são docentes do Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Civil, Sanitária e Ambiental da Universidade do Contestado (UnC)

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