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Afetação de The Weeknd prejudica história de The Idol

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Cenas indigestas oscilam entre o retrato fiel do showbusiness e misoginia

SHOWBUSINESS

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Detonada pela crítica e digna de muita gente tê-la abandonado pela metade, a (mini)série The Idol encerrou no domingo passado alimentando ainda mais as polêmicas iniciadas ainda durante as gravações.

Você que acompanha a coluna sabe que buscamos (quase) sempre indicar séries imperdíveis. Não é o caso de The Idol, porém, há ressalvas.

Se você se interessa pelo mundo do showbusiness, terá de fechar os olhos para as cenas de abuso da protagonista Jocelyn (Lily-Rose Deep, filha de Jhony Deep) para descobrir (se é que você já não sabe) o quanto pode ser podre esse mundinho hollywoodiano.

A trama acompanha uma jovem artista, dizem, inspirada em Britney Spears que, em crise criativa e vítima de muita insegurança, se deixa dominar por uma espécie de guru que comanda uma suposta seita interpretado por ninguém menos que o mentor intelectual da série, o não menos polêmico Abel Tesfaye (ele agora quer ser chamado somente assim), mais conhecido como The Weeknd. Difícil imaginar que uma mente tão genial como a de Sam Levinson (de Euphoria) tenha topado embarcar nessa. A série tem em The Weeknd seu maior problema. Parece claro que a protagonista está ali para sua pequena vingança do mundo pop (ele vive detratando o Grammy sempre que não é indicado e, por consequência, todo o mundo da música), um objeto fetiche que exala toda a sua misoginia. Ademais, ele no papel do prepotente Tedros não encaixa e não convence. O cheiro de charlatanice exala de longe, mas a bobinha Jocelyn nada percebe e se entrega ao “guru”.

Ok, quem viu a série sabe que há um fundo de verdade no poder enigmático de Tedros, mas isso soa ao público muito mais como uma satisfação egocêntrica a The Weeknd do que como um traço verossímil da personalidade do rapaz.

Ao fim, o talento de Sam Levinson aparece opacamente nas cenas finais, que provocam uma reviravolta que oscila entre o convincente e o improvável. Por isso, recomendo que você assista o primeiro episódio. Se ficar uma pontinha de curiosidade para onde a história vai, pule para o quinto e último episódio (a HBO adiantou o final, já que o previsto eram seis episódios).

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