Pedro de Souza alegou legítima defesa
Assassino confesso de Luciano Lopes, de 42 anos, Pedro de Souza se apresentou na Delegacia de Polícia Civil de Canoinhas na tarde desta terça-feira, 7. Ele alegou legítima defesa.
Segundo o advogado Alisson de Camargo, que acompanhou Lopes na Delegacia, Souza alega que estava em casa na noite de sexta-feira, 3, na localidade da Fartura, interior de Canoinhas quando Lopes teria chegado bêbado em sua casa, tentando entrar, mas foi barrado por ele. Souza negou ter qualquer amizade com Lopes, afirmando que ele apenas conhecia a vítima por morarem próximos. “A vítima não foi convidada a estar no local”, frisa Camargo.
Lopes teria perguntado pela filha de Souza, que mandou ele ir embora. Ao Lopes tentar invadir a casa de Souza, segundo o advogado, o acusado perdeu o controle e acabou esfaqueando Lopes no pescoço e no ombro.
ASSÉDIO
Segundo a defesa de Souza, a motivação do seu cliente para matar Lopes nada tem a ver com acusação de assédio sexual que pesa contra ele, cometida supostamente pouco antes de morrer.
Ainda conforme a defesa, há testemunhas que viram Lopes tentando invadir a casa de Souza, inclusive ameaçando “quebrar tudo”. O objetivo seria encontrar a filha de Souza, com quem ele não teria nenhum tipo de relação.
“Ele agiu em legítima defesa porque a vítima veio para cima, era uma pessoa maior e o seu Pedro agiu para resguardar sua própria vida”. O advogado conta ainda que Souza chegou a tentar ajudar a vítima, mas ele já estava morto.
Souza foi ouvido pelo delegado e segue livre. Contudo, a Polícia deve concluir o inquérito e, assim que o Ministério Público receber esse documento, deve pedir, ou não, pela prisão preventiva de Souza até que ele vá para júri popular.
